24/10/2013 15:26 - Saúde
24/10/2013 15:26 - Saúde
O relator da proposta (PL 484/11) que obriga o Sistema Único de Saúde a realizar gratuitamente o chamado "teste do pezinho expandido" nos recém-nascidos espera apresentar um relatório para o tema em breve. O deputado Eduardo Barbosa, do PSDB de Minas Gerais, deverá propor uma ampliação do exame hoje ofertado pelo SUS. O assunto foi discutido nesta quinta-feira (24) na Comissão de Seguridade Social e Família.
Na avaliação de Eduardo Barbosa, relator da proposta, o Parlamento deve indicar ao Poder Executivo que os estudos devem continuar para a abrangência, no teste do pezinho, de novas doenças para as quais valha a pena fazer um diagnóstico em razão do impacto que elas possam ter na vida das pessoas.
Atualmente, o exame permite o diagnóstico antecipado de aproximadamente 50 tipos de distúrbios metabólicos ou doenças raras, como hipotireoidismo congênito e retardo mental.
Na rede pública de saúde, entretanto, não passa de seis o número de doenças detectadas, e apenas seis estados têm condições tecnológicas de realizar o diagnóstico das seis. A meta do governo é universalizar a detecção das seis doenças para todo o Brasil até o próximo ano.
Conforme explicou o professor da Universidade de São Paulo José Simon Camelo Júnior, o teste do pezinho permite, entre o 2º e o 5º dia de vida, identificar doenças atribuídas a defeitos genéticos que acometem um bebê a cada mil crianças nascidas vivas.
"Fazendo a triagem adequada dessas doenças, que são adequadamente definidas, você consegue evitar a maior parte dos problemas. Quer dizer, minimizar a questão deletéria na saúde, fazer com que a criança se desenvolva normalmente, diminuir o estresse da família."
Por outro lado, o pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais Marcos Burle de Aguiar chamou atenção para a possibilidade de criar angústias desnecessárias nas famílias em razão, por exemplo, de resultados falso-positivos, que poderão levar à busca pelo tratamento.
"Além do trauma emocional, tem o trauma financeiro. O Estado é quem paga a viagem do lugar onde ele mora até o centro de referência."
A audiência contou ainda com a presença da atriz Bianca Rinaldi, que é do instituto Eu Quero Viver. Mãe de duas filhas saudáveis de quatro anos ela se manifestou favoravelmente à ampliação do teste do pezinho.
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