27/09/2013 21:12 - Economia
27/09/2013 21:12 - Economia
Tendo com pano de fundo as belezas do pantanal mato-grossense, em uma reserva distante cerca de 100 km da capital do estado, Cuiabá, o debate reuniu parlamentares, gestores governamentais e pesquisadores.
Autor do pedido para a realização do evento, o deputado Wellington Fagundes, do PR do Mato Grosso, listou algumas das dificuldades enfrentadas pelas regiões distantes dos grandes centros urbanos do país.
"Hoje dependemos de estradas e as estradas brasileiras, na sua maioria, são impeditivas, principalmente, no Centro-Oeste. (...) E também a questão da aviação regional, outro grande impeditivo. Felizmente, o governo define como PAC o investimento na aviação regional."
Para o especialista em aviação civil Jorge de Medeiros, da Universidade de São Paulo, o governo deve avançar na discussão de subsídios para a fixação de rotas regionais, sem descuidar da segurança e de uma política de proteção ao consumidor. Uma saída, na avaliação do professor, estaria também na concessão para iniciativa privada de mais aeroportos de pequeno porte e não apenas de grandes terminais, como já em curso pelo governo federal em Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
"Você pode não ter o padrão de conforto de um Dubai, mas pode ter um padrão de conforto como o que estamos oferecendo no aeroporto de Vitória da Conquista, na Bahia, que é um aeroporto concessionado. (...) Não oferece grande nível de conforto, mas atende a população e a empresa concessionária tem resultados."
A situação da aviação civil e os gargalos do setor para o desenvolvimento do turismo no país devem ser tema de outro debate na Comissão de Turismo. O presidente do colegiado, deputado Valadares Filho (PSB-SE), informou que, nos próximos dias, deve se encontrar com o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, para agendar a ida dele à Câmara.
Além da logística, outro fator de preocupação do setor de turismo é a capacitação profissional na área.
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, o Ipea, indica que falta ao ramo turístico estímulos para atração de jovens para carreira, bem como políticas salariais de incentivo à qualificação. O governo, segundo Marcela Jeolás, do Ministério do Turismo, estuda, nesse sentido, a possibilidade de mudar a lei trabalhista para permitir a flexibilização da jornada de trabalho dos jovens.
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