03/09/2013 18:13 - Trabalho
03/09/2013 18:13 - Trabalho
A Central Única dos Trabalhadores pretende manter as manifestações na Câmara dos Deputados até ter certeza de que o projeto de lei (PL 4330/04) que regulamenta o trabalho terceirizado e está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça não será votado. Nesta terça-feira, trabalhadores da CUT e representantes de outras centrais sindicais entraram em confronto com a segurança da Casa dentro do plenário da CCJ e com a Polícia Militar numa das entradas da Câmara.
Os trabalhadores, que estão acampados na Esplanada dos Ministérios, vieram em passeata para o Congresso, onde foi permitida a entrada de 40 pessoas. O resto do grupo ficou do lado de fora, gritando slogans e presisonando para entrar. Para dispersar a manifestação, a Polícia Militar utilizou gás lacrimogêo e spray de pimenta. De acordo com o presidente da CUT, Vagner Freitas, a violência foi injustificável e poderia ter consequências graves. Ele afirmou que vai procurar a direção da Câmara para discutir o assunto.
"Aqui tem que ter capacidade de negociação para impedir que o pior aconteça. Aqui só tem trabalhador. Não dá para tratar trabalhador como bandido, com chicote, com bofetão, com spray de pimenta"
Para o deputado Marcon, do PT do Rio Grande do Sul, que atuou como interlocutor com os manifestantes, essas dificuldades ocorrem porque os trabalhadores estão perdendo espaço dentro do Congresso.
"Isso reflete a Câmara que nós temos. Hoje na Câmara muito poucos deputados são a favor dos trabalhadores. Com pressão nós podemos mudar a realidade. Se tiver pressão os trabalhadores podem garantir seu trabalho. Se não, vão ser linchados os direitos dos trabalhadores aqui na Câmara"
O gás liberado pelas bombas detonadas pela Polícia Militar na área externa invadiu os Anexos 2 e 4 da Câmara, impedindo temporariamente a circulação de pessoas nessas áreas. Não houve feridos entre os manifestantes e também não foi registrado dano patrimonial.
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