Radioagência

O deputado Henrique Fontana, do PT gaúcho, disse nesta quarta-feira que o grupo de trabalho que vai discutir uma proposta de reforma política analisará a sugestão de perguntas para um plebiscito enviada pela presidente Dilma Rousseff e os projetos de lei sobre o tema que poderiam ser votados na Câmara.

"Não há uma exclusão de um cenário pelo outro. A ideia é trabalharmos, pela orientação do presidente, em torno dos dois assuntos. Como todos vocês sabem, existem divisões no Parlamento. Tem setores que querem fazer o plebiscito e tem setores que preferem votar alguma coisa e referendar aquilo que foi votado. O mais importante é que a reforma política recuperou o status de prioridade do Parlamento brasileiro."

A criação do grupo de trabalho para debater a reforma política, prevista para a semana que vem, foi anunciada pelo presidente Henrique Eduardo Alves na terça-feira. O grupo terá prazo de 90 dias para apresentar uma proposta. Vice-líder do governo na Casa e também relator de uma proposta que não chegou a ser votada, Henrique Fontana fará parte do GT como representante do Partido dos Trabalhadores.

O deputado acredita que há tempo para o Congresso aprovar algumas regras que possam valer para as próximas eleições.

"Nós devemos seguir os dois caminhos em paralelo. Algumas questões podem ser consultadas no plebiscito, e nós vamos ver pelo correr do tempo se é possível que valha para 2014 ou não. Nós temos que respeitar o calendário. Ninguém vai quebrar as regras constitucionais do país. E, segundo, nós também podemos acelerar a votação de projetos de lei que não dependam do plebiscito."

Henrique Fontana acredita que a aprovação de uma reforma política vai ao encontro do desejo da população que foi às ruas pedir mudanças.