13/08/2012 17:02 - Educação
13/08/2012 17:02 - Educação
Um projeto em discussão na Câmara proíbe que instituições de ensino exijam dos alunos o uso de tablets (PL 4025/12), em vez de livros didáticos. A medida valeria no ensino fundamental, médio e superior. O uso dos tablets na educação é cada vez mais frequente e até o governo federal levantou essa bandeira. O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, defendeu que as escolas se tornem mais atrativas para os alunos investindo nessa tecnologia. Uma medida provisória aprovada no ano passado (MP 534/11) já reduziu a zero a alíquota da Confins e do PIS/Pasep dos tablets produzidos no país.
O autor da proposta, deputado Márcio Marinho, do PRB da Bahia, defende cautela no uso de novas tecnologias nas escolas e alerta para o risco de aderir a modismos. Já o relator da matéria na Comissão de Educação, Luiz Carlos Setim, do Democratas do Paraná, concorda com o uso dos tablets só se eles forem fornecidos gratuitamente pelas escolas, situação prevista no projeto.
"Se houver uma exigência das escolas de uma maneira geral, isso vai acarretar um custo aos pais que nem sempre terão essa possibilidade e poderão frustar seus filhos, os alunos, não podendo comprar"
Eli Guimarães é diretor da empresa Meus Livros Digitais, que desenvolve os livros digitais utilizados pelos alunos do colégio particular Sigma em Brasília, a primeira escola do país a adotar o tablet como ferramenta. Eli é especialista em Educação a Distância e em Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa. Ele avalia que o uso de livros digitais é um caminho sem volta.
"Houve um aumento na participação nas aulas porque é uma ferramenta muito próxima deles e o desempenho (escolar dos alunos) foi melhor. Veja bem: nós não podemos confundir a substituição do livro didático por um formato digital pela supressão do livro didático. Não está se tirando o livro didático, muda-se apenas o formato dele. O tablet apresenta recursos que vão aprimorar o ensino. Eu acho que o processo é irreversível. Absolutamente vamos abandonar o livro didático, é uma atualização, uma modernização e eu acho inevitável"
O projeto que proíbe a exigência de tablets nas escolas será discutido pelas comissões da Câmara. Se aprovado, pode seguir para o Senado sem passar pelo plenário.
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