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Brasil tem produzido mais lixo, mas não avança em coleta seletiva, revela Abrelpe

17/09/2018 - 09h35

  • Brasil tem produzido mais lixo, mas não avança em coleta seletiva, revela Abrelpe

Onde vai parar o lixo que você produz todos os dias? Segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, divulgado pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), os brasileiros estão gerando mais resíduos, os municípios enviam o material para os lixões e a coletiva seletiva não avança.

Ainda segundo a Abrelpe, o país tem, hoje, quase três mil lixões ou aterros irregulares que impactam a qualidade de vida de 77 milhões de brasileiros.

Para repercutir esses e outros números, o Painel Eletrônico convidou o diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Roberto Vieira Filho. Ouça a íntegra da entrevista.

Os dados são estarrecedores: no ano passado, a geração de resíduos sólidos urbanos foi de 78,4 milhões de toneladas, aumento de cerca de 1% em relação a 2016. Segundo Carlos Roberto, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina o fim dos lixões em todo o país, entrou em vigor em 2010, mas apenas 40% dos municípios brasileiros estão cumprindo a lei.

O diretor-presidente da Abrelpe atribuiu a desobediência dos gestores municipais de fazerem valer a lei à falta de penas e punições, além da falta de recursos para a construção de aterros sanitários.

Carlos Roberto sugere a cobrança pela coleta de lixo, que deveria ser paga pelo contribuinte de acordo com a quantidade do lixo gerado. Nesse caso, o contribuinte que reciclasse o lixo que produzisse ficaria isento. Segundo o diretor-presidente, esse seria um incentivo a mais para uma coleta de lixo adequada. "A coleta de lixo tem custo e precisa ser valorizada, não se trata de mágica", afirmou Carlos Roberto na entrevista.

Apresentação - Elisabel Ferriche e Edson Junior

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