Rádio Câmara

Superada a denúncia de corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer, o governo intensifica as negociações nos bastidores em torno da reforma da Previdência. A proposta é considerada pela equipe econômica vital para o equilíbrio fiscal.

A intenção do governo é votar o texto já aprovado na comissão especial da Câmara no início de setembro. Mas para que o plano dê certo, a base governista tem pela frente dois desafios: conseguir no mínimo 308 votos suficientes para aprovação no Plenário e fechar um texto de consenso.

Para conversar sobre o tema, o Com a Palavra convidou os deputados Paulo Teixeira, do PT de São Paulo; e Arthur Oliveira Maia, do PPS da Bahia, relator da Comissão Especial da Reforma da Previdência. Ouça o áudio completo das entrevistas, em dois blocos:

Bloco 1: Para o deputado Paulo Teixeira, a reforma da Previdência dificilmente conseguirá os 308 votos necessários para a aprovação, como quer o governo, principalmente porque ela é injusta e beneficia os mais ricos em detrimento dos mais pobres e dos trabalhadores rurais.

Bloco 2: Já para o deputado Arthur Oliveira Maia, a reforma da Previdência acaba com os privilégios, principalmente no serviço público, onde os servidores se aposentam aos 55 anos de idade com salários integrais. A partir da reforma, eles terão que se aposentar aos 65 anos, como qualquer trabalhador, e o teto da aposentadoria não poderá ser superior a R$ 5,3 mil.