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Audiência pública discute inserção de autistas no mercado de trabalho

07/06/2017 - 10h22

  • Audiência pública discute inserção de autistas no mercado de trabalho

Em um mercado competitivo, a inserção de pessoas com deficiência é um desafio para a sociedade. Uma conjunção de fatores cria dificuldades no mercado formal, como limitações, falta de estrutura social e baixa escolarização.

No entanto, no Brasil, a chamada Lei de Cotas obriga as empresas com 100 ou mais funcionários a preencherem uma parcela dos cargos disponíveis com pessoas com deficiência.

Para falar sobre esse assunto, ainda considerado tabu e que está em discussão na Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência, o Com a Palavra convidou o presidente da ONG Movimento Orgulho Autista do Brasil, Fernando Cotta, um dos debatedores da audiência pública sobre o tema realizada pela comissão.

Segundo Fernando Cotta, ainda existe muito preconceito em absorver pessoas com deficiência, como o autismo, no mercado de trabalho, já que uma das características do transtorno é a falta de interação social. Por isso, ele defende que os autistas iniciem um trabalho já na primeira infância, no ambiente escolar. Cotta reconhece, porém, que as escolas não estão preparadas para receber alunos com deficiência, especialmente os autistas. Segundo ele, faltam salas de aula e professores preparados. O mesmo não ocorre na saúde, onde há profissionais preparados para lidar com o transtorno, sobretudo na rede pública, afirma Fernando Cotta.

Ouça o áudio completo da entrevista.

Apresentação - Elisabel Ferriche e Lincoln Macário

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