Cidades e transportes

Anac diz que preços de passagens aéreas para a Copa devem baixar até janeiro

Presidente da agência espera que com a definição do calendário dos jogos em dezembro os preços dos voos caiam em 2014 e diz que não há como tabelar tarifas.

16/10/2013 - 15:38  

Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Audiência pública para debater a prestação de serviços aéreos, especialmente em razão dos grandes eventos esportivos que serão sediados no Brasil. Diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys
Marcelo Guaranys, da Anac: lei estabelece regime de liberdade tarifária.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, acredita que os preços das passagens aéreas para a Copa do Mundo de 2014 deverão baixar até o início do próximo ano. Um levantamento recente feito pela imprensa mostrou que alguns trechos ofertados para o período chegaram a alcançar até dez vezes os valores cobrados normalmente pelas empresas.

Guaranys diz que “ainda é cedo para vermos como serão comercializados os voos na época da Copa, porque as empresas ainda vão adequar sua malha de acordo com os jogos, que serão definidos em dezembro. De qualquer forma, esperamos que esses preços verificados agora não sejam de fato praticados, ainda que tenhamos uma grande demanda no período”, afirmou.

A declaração foi feita durante audiência da Comissão de Viação e Transportes sobre a infraestrutura aeroportuária do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. No encontro, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é presidente do colegiado, criticou o modelo atual de concessão dos aeroportos no Brasil.

Liberdade tarifária
Marcelo Guaranys também descartou a possibilidade de fixação de um teto para os preços das passagens aéreas na Copa. Após a divulgação da oferta de bilhetes entre Rio e São Paulo por até R$ 2.300,00, ida e volta, o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, chegou a defender a fixação de um teto para tarifas aéreas. De acordo com o presidente da Anac, no entanto, qualquer medida nesse sentido seria ilegal hoje.

A lei que cria a Anac e estabelece suas competências (Lei 11.182/05) prevê o regime de liberdade tarifária, lembrou Guaranys, para argumentar que qualquer debate nesse sentido depende de mudança legal. “Mas é preciso ter em vista que a essa liberdade tarifária é a responsável pela diminuição em 50% dos preços cobrados pelas passagens nos últimos anos”, advertiu.

Outra possibilidade para evitar o aumento exagerado dos preços de bilhetes aéreos é a autorização de novas rotas entre cidades, ou seja, trechos que não existem hoje. Segundo Guaranys, as empresas devem fazer pedidos de novas rotas a partir de janeiro de 2014 e a Anac deverá analisar, em cada caso, se os aeroportos estão preparados para receber os novos voos.

Reportagem - Carolina Pompeu
Edição - Dourivan Lima

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