Deputados discordam quanto à retirada de direitos
30/03/2017 - 15:29
Parlamentares divergiram, em audiência da Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL 6787/16), se a proposta retira ou não direitos do trabalhador.
O deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) afirmou que a reforma trabalhista não vai retirar direitos do trabalhador. Ele disse acreditar que a modernização da legislação é essencial, especialmente diante do alto índice de desemprego do País. Segundo Lippi, o Brasil é avaliado como um dos piores países do mundo para se ter uma empresa, e é preciso dar condições de sobrevivência para essas organizações, a fim de que empregos possam ser gerados.
O parlamentar ressaltou que o Brasil tem o maior número de conflitos trabalhistas do mundo, gerando insegurança jurídica para as empresas. “Existe uma indústria de ações trabalhistas no Brasil”, disse.
Já o deputado Wadih Damous (PT-RJ) afirmou que o projeto abre brecha para a retirada de direitos, ao permitir que as negociações coletivas prevaleçam sobre a legislação. “É um projeto infame”, disse. Para Damous, a reforma pode fazer com que contratos temporários e “bicos” se transformem no padrão da contratação. Ele disse não acreditar que o projeto signifique modernização das relações trabalhistas, mas justamente o oposto.
Reportagem - Lara Haje
Edição - Sandra Crespo