Deputados discordam se reforma trabalhista retira ou não direitos
30/03/2017 - 13:48
Parlamentares divergiram, em audiência da Comissão Especial da Reforma Trabalhista (PL 6787/16), se a proposta retira ou não direitos do trabalhador.
O deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) garantiu que a reforma trabalhista não vai retirar direitos do trabalhador. Ele acredita que a modernização da legislação é essencial, especialmente diante do alto índice de desemprego do País. Segundo ele, o País é avaliado como um dos piores países do mundo para se ter uma empresa, e é preciso dar condições de sobrevivência para essas empresas, para que empregos possam ser gerados.
O parlamentar ressaltou que o Brasil tem o maior número de conflitos trabalhistas do mundo, gerando insegurança jurídica para as empresas. “Existe uma indústria de ações trabalhistas no Brasil”, apontou. Para ele, quem emprega hoje tem medo.
Já o deputado Wadih Damous (PT-RJ) acredita que o projeto abre alas para a retirada de direitos, ao permitir que as negociações coletivas prevaleçam sobre a legislação. “É um projeto infame”, opinou. Ainda na visão do parlamentar, a reforma pode fazer com que contratos temporários e “bicos” se transformem no padrão da contratação. Ele não acredita que o projeto signifique modernização das relações trabalhistas, mas justamente o oposto.
A audiência foi encerrada.
Reportagem - Lara Haje
Edição - Marcia Becker