Trabalho, Previdência e Assistência

Deputado critica fala de ministro sobre saúde da Previdência

08/04/2015 - 11:43   •   Atualizado em 08/04/2015 - 12:04

O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) criticou o discurso do ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, que defendeu a saúde financeira do modelo previdenciário brasileiro e, ao mesmo tempo, considerou necessárias as mudanças contidas nas MPs 664 e 665, em tramitação no Congresso.

Gabas disse que as duas medidas corrigem distorções, como o pagamento de pensões com base em apenas uma contribuição, o pagamento de salário maior para quem está em gozo de auxílio-doença e casamentos de conveniência celebrados apenas para que o cônjuge receba pensão.

“O ministro é do PT e vem aqui dizer que o corte dos benefícios, essa perversidade que o governo está fazendo, nada tem a ver com o ajuste fiscal?”, questionou Aleluia.

O deputado disse que é culpa do governo o fato de o País estar em crise econômica, e não apenas de conjuntura internacional, como afirmou Gabas. “O senhor não disse uma palavra sobre o rombo nos fundos de pensão Postalis (dos Correios) e Previ (do Banco do Brasil), que ocorreram por culpa do governo”, continuou Aleluia.

Para o parlamentar, Gabas não disse toda a verdade ao defender a saúde do sistema previdenciário. "Como assim está tudo bem se os aposentados ganham cada vez menos?”, perguntou.

Resposta
O ministro respondeu as críticas e fez elogios ao ex-presidente Lula e ao PT. “Tenho orgulho de ter convivido e aprendido com um cidadão chamado Luiz Inácio Lula da Silva, que fez o melhor governo deste país”, disse o ministro.

Sobre os fundos de pensão Postalis (dos Correios) e Previ (do Banco do Brasil), Gabas disse: “Não falei sobre os fundos de pensão porque não é tema da matéria. Posso fazer isso a qualquer momento.” Ele acrescentou que não faria críticas a investimentos dos fundos porque eles são privados.

O ministro concluiu dizendo que o governo do PT encontrou a Previdência Social em situação “calamitosa” em 2003. “Pessoas tinham que ficar na fila a noite toda nos postos da Previdência e uma aposentadoria podia demorar até dois anos para ser concedida, prazo que hoje não chega a um mês”, disse.

Reportagem - Antonio Vital
Edição - Daniella Cronemberger

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