Saúde

Doenças preexistentes, adolescência e aborto são causas importantes de mortalidade, diz relatório

05/11/2014 - 12:58  

O relatório da Subcomissão Especial do Fortalecimento da Informação e Prestação de Contas sobre a Saúde das Mulheres e das Crianças aponta obesidade, diabetes, anemia falciforme, hipertensão e doenças renais crônicas como as causas importantes de mortes e que demandam atenção durante a gestação. Ainda segundo o texto, a gravidez na adolescência é outro fator que traz risco de morte e exige abordagem urgente. Já as mortes causadas por complicações relacionadas a abortos não são adequadamente informadas por questões legais ou culturais.

TV CÂMARA
DEP MARCOS ROGERIO
Marcos Rogério recomendou cuidado para não criminalizar prática obstétrica no Brasil.

Os deputados da Comissão de Seguridade que aprovaram o relatório sugeriram ainda maior atenção do Parlamento a temas como planejamento familiar e aborto. O deputado Marcos Rogério (PDT-RO), por outro lado, recomendou cuidado para que não se passe a criminalizar a prática obstétrica.

Rede Cegonha
Apesar da preocupação parlamentar, o governo federal acredita que o Brasil está no caminho certo e tem chances de atingir a meta de melhorar a saúde das gestantes. Conforme os cálculos do Ministério da Saúde, a redução anual da razão da mortalidade materna deve ser de 5,5% ao ano (desde 2000). De 1990 a 2000, a variação média anual de redução foi de 4,8%, e de 2010 a 2011 foi de 8,6%, o que permitiria o avanço.

Uma das estratégias do governo para atingir a meta foi o lançamento, em 2011, da Rede Cegonha. O programa busca incentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde de mulheres e crianças, desde o pré-natal até o segundo ano de vida do filho. Presente em mais de 5 mil municípios, a rede atende 2,6 milhões de gestantes.

Ainda segundo dados do Ministério da Saúde, o País avançou na investigação das mortes de mulheres em idade fértil. Em 2009, 55,2% dos óbitos foram investigados. Em 2010, esse índice subiu para 76,5%; e, em 2011, atingiu 83%.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Rachel Librelon

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