Saúde

Abrafarma apoia parceria com SUS, mas questiona financiamento

27/12/2010 - 12:01  

O presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Barreto, elogia o PL 3171/10, que concede aos portadores de doenças crônico-degenerativas o direito de receber gratuitamente medicamentos de uso contínuo em farmácias comerciais sempre que não houver o produto na rede própria, contratada ou conveniada do SUS.

"Na Europa, nos Estados Unidos, na Argentina e no Chile, por exemplo, as farmácias já são parceiras do governo e da população na dispensação [fornecimento] de medicamentos", afirma Barreto. Ele disse que os estabelecimentos normalmente dispõem dos produtos discriminados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).

O representante das farmácias, entretanto, criticou a exclusão de participação dos pacientes no pagamento dos medicamentos. Pelo substitutivo aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família, o reembolso dos valores às farmácias habilitadas que entregarem o medicamento aos pacientes será feito unicamente pelo SUS.

"No projeto original, existia a previsão de responsabilidade compartilhada pelo pagamento. Agora as farmácias, seriam totalmente pagas pelo Estado. Isso engessa o programa", disse. Barreto defende um escalonamento no valor dado pelo governo e pelo paciente de acordo com o grau de impacto das doenças. Para ele, casos mais simples deveriam ter porcentagem maior a ser paga pelo paciente.

Reportagem - Tiago Miranda
Edição – Wilson Silveira

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