Relações exteriores

Relações Exteriores autoriza morador de cidade de fronteira a comprar gás no país vizinho

28/11/2018 - 17:15   •   Atualizado em 29/11/2018 - 11:44

Michel Jesus/ Câmara dos deputados
Audiência Pública sobre as disposições do PL 5457/16, que busca restringir o repasse aos consumidores das perdas elétricas nos sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica. Dep. Cabuçu Borges (PMDB - AP)
Deputado Cabuçu Borges sugeriu a criação de acordos bilaterais com os países vizinhos para resolver a questão da compra de gás nas fronteiras

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou o Projeto de Lei 9633/18, do ex-deputado Moisés Diniz, que autoriza moradores de municípios da faixa de fronteira a comprar gás de cozinha nas cidades e vilas de países vizinhos.

Pela proposta, consumidores individuais somente poderão comprar o gás a partir de consórcios, autorizados pelas câmaras de vereadores. Os consórcios deverão respeitar as mesmas exigências de segurança e transporte exigidos das distribuidoras de gás.

O relator na comissão, deputado Cabuçu Borges (MDB-AP), afirmou que os melhores instrumentos para resolver a questão seriam acordos internacionais bilaterais com os países vizinhos. Ele citou exemplo de acordos de regime especial de bens de subsistência entre Oiapoque, no Brasil, e L’Oyapock, na Guiana Francesa.

Prefeituras
Borges retirou do texto a responsabilização das prefeituras pelos trâmites jurídicos e diplomáticos com o Itamaraty e os países revendedores para auxiliar a constituição dos consórcios. “A Lei Maior confere unicamente à União competência para manter relações com Estados estrangeiros, sendo exclusivo do Presidente da República o poder de celebrar tratados, convenções e atos internacionais”, disse.

Segundo Diniz, um botijão de gás em Cobija (Bolívia), na fronteira com o Acre, custa R$ 30. O valor, acrescenta ele, é menos da metade dos R$ 80 cobrados no lado brasileiro.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Roberto Seabra

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