Política e Administração Pública

Mais de 500 cidades terão o apoio de tropas federais no 1º turno das eleições

As tropas federais são formadas por militares das Forças Armadas e são enviadas às localidades em que a segurança pública dos estados necessita de reforço

03/10/2018 - 09:15   •   Atualizado em 05/10/2018 - 07:56

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já autorizou o envio de forças federais para 510 localidades, em onze estados. A intenção é assegurar o livre exercício do voto, mantendo a normalidade, tranquilidade e segurança no dia das eleições, e garantir a apuração dos resultados.

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O estado que pediu mais apoio foi o Piauí, onde os militares irão proteger 122 localidades. Em seguida, vêm Rio Grande do Norte (97), Maranhão (72), Rio de Janeiro (69), Pará (60), Amazonas (26), Mato Grosso (19), Tocantins (12), Acre (11), Ceará (5) e Mato Grosso do Sul (4).

Nas eleições municipais de 2016, o TSE autorizou o envio de tropas a 315 municípios de 13 estados, no primeiro turno.

Exceções
José Vicente da Silva Filho, coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo e ex-secretário nacional de Segurança Pública, acredita que os estados são capazes de manter a segurança com o seu próprio aparato. O maior problema, segundo ele, é em estados onde existem comunidades dominadas por facções criminosas.

Ele cita como exemplo o caso do Rio de Janeiro, onde existem cerca de duzentas comunidades dominadas por traficantes, o que representa mais de um milhão de eleitores. Para ele, a presença das tropas nesses locais pode dar mais tranquilidade aos eleitores para votar.

"Essas facções pressionam os moradores para votar em determinados candidatos, para impedir que pessoas se desloquem para votar, e isso naturalmente vai contra todos os fundamentos democráticos. Todo eleitor precisa ter garantido o exercício do seu direito de voto", afirma Silva Filho.

Lugares isolados
O TSE também aprovou o envio de militares para dar apoio logístico à Justiça Eleitoral a 101 localidades situadas em regiões longínquas e isoladas.

Em todos esses locais, os militares atuarão levando equipamentos, como as urnas, e com a presença de servidores e colaboradores da Justiça Eleitoral.

Reportagem – Mônica Thaty
Edição – Natalia Doederlein

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