Política e Administração Pública

Parlamentares discutem Orçamento de 2018 e ressaltam cortes

13/12/2017 - 22:25  

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A maioria dos deputados que discutiu o Orçamento de 2018 destacou os cortes feitos nos investimentos.

O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) lamentou cortes feitos no orçamento das universidades e do setor de ciências pelo projeto de lei orçamentária para 2018.

“O Instituto de Matemática Pura e Aplicada terá o menor orçamento da sua história, comprometendo o funcionamento de um dos centros referência de matemática e a realização das olimpíadas de matemática”, disse.

Segundo ele, sofreram cortes centros de prevenção de desastres, o pagamento de bolsas e outros setores. “Infelizmente, não encontramos sensibilidade do governo para dar um olhar especial a essa questão”, disse.

O deputado Marcos Rogério (DEM-RO) criticou a votação do Orçamento no mesmo dia em que o projeto sai da comissão especial. “O Plenário não conhece o projeto de lei orçamentária que está na pauta”, criticou.

Na avaliação da deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ), o governo cortou indevidamente recursos da assistência social e outros setores. “Aprovamos isenções para o audiovisual, mas ele não tem um tostão no Orçamento porque o Planejamento não cumpriu o acordo”, criticou. Ela disse ainda que o funcionamento das usinas de Angra 1 e Angra 2 também está comprometido. “Espero que o governo tenha mais responsabilidade recompondo orçamento para a Assistência Social, para a Ancine e para a produção de urânio”, disse.

Outro crítico foi o deputado Bohn Gass (PT-RS). “Esse é apenas o primeiro dos vinte próximos sob a emenda do teto dos gastos, que nós chamamos de congelamento: paga em dia a conta do banqueiro, a rolagem da dívida, e se congela saúde, educação, obras e produção agrícola neste País”, afirmou.

O líder do Psol, deputado Glauber Braga (RJ), criticou o pagamento de juros da dívida e também as isenções dadas a empresários. “Esse orçamento traz R$ 283 bilhões de incentivos fiscais, dos quais R$ 150 bilhões dos tributos seriam destinados à seguridade social. Só com renúncia fiscal, há mais do que o valor a ser gasto com saúde e ciência”, criticou. Ele também chamou atenção para cortes em investimentos para a reforma agrária, saúde e ciência e tecnologia.

A proposta que saiu da Comissão de Orçamento prevê crescimento de 2,5% da economia em 2018, salário mínimo de R$ 965 (o atual é de R$ 937) e gastos com Previdência Social, a maior das despesas primárias, de R$ 585 bilhões. O pagamento com juros da dívida pública alcança R$ 316 bilhões.

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Geórgia Moraes

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