Jovair Arantes promete defender imagem da Câmara perante a sociedade
02/02/2017 - 13:14
O candidato do bloco PTB, SD, Pros e PSL à Presidência da Câmara, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), destacou, em seu discurso, que quer ser presidente para recuperar o prestígio da Câmara diante da sociedade brasileira. Segundo ele, os institutos de pesquisa apontam que este é o pior momento de imagem da Câmara perante a sociedade brasileira desde a redemocratização.
“Quem atacar um deputado no livre exercício de seu mandato estará atacando a instituição, e o presidente não vai permitir”, afirmou. Conforme ele, em 2016, a Câmara votou matérias polêmicas e foi atacada. “Vamos permitir que isso continue ocorrendo?”, questionou. “Não. Atacou um deputado, mexeu com a Câmara, mexeu comigo, mexeu com a instituição”, destacou. Ele disse que nunca jogou para a plateia e sempre defendeu a Casa nos momentos mais difíceis.
“A Câmara precisa mostrar para a sociedade que aqui se trabalha, e muito”, acrescentou. “A Câmara não pode ser tratada como puxadinho do Poder Executivo ou do Judiciário”, disse ainda. Conforme ele, é na Câmara que se representam as demandas da sociedade brasileira.
Oito medidas
Jovair afirmou que, se eleito, colocará em prática oito medidas:
- Criação de comissão de alto nível para modernizar o regimento: “As regras atuais são antigas, e precisam ser adaptadas ao modelo de 28 partidos que funcionam aqui.”
- Inclusão na pauta de proposta de emenda à Constituição que estabelece condições iguais para os poderes no Brasil.
- Encerramento das sessões às 21h impreterivelmente. “Aqui não é uma boate para funcionar à noite, nosso trabalho é de dia”, opinou.
- Estabelecimento de rodízio rigoroso na distribuição das relatorias e presidências das comissões. “Tem deputado que passa por aqui e não relata uma só medida; isso vai acabar”, disse.
- Reserva das sessões de quinta-feira para votação de matérias de autoria dos deputados.
- Criação de comitê permanente de defesa parlamentar. “É necessário respeitar o mandato parlamentar. Temos que recolher os nossos feridos e trata-los, porque existe uma guerra contra a democracia.”
- Criação de estratégias de comunicação em defesa da Casa.
- Adaptação da torre do Anexo 1 para gabinetes de deputados. “Nossos colegas não podem ficam apertados em seus gabinetes tendo esse espaço para ser usado”, argumentou.
Por fim, ele citou o ex-presidente da Casa Ulysses Guimarães, que teria se recusado a permanecer mais um mandato na Câmara, alegando que a Constituição não pode ser desrespeitada.
Reportagem - Lara Haje
Edição - Alexandre Pôrto