Política e Administração Pública

Aliados de Rodrigo Maia falam de vantagem surpreendente no 2º turno

14/07/2016 - 00:59   •   Atualizado em 14/07/2016 - 01:05

Deputados que apoiaram a candidatura do presidente da Câmara eleito, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmaram que o deputado teve muito mais votos do que o esperado pelos aliados. Maia foi eleito com 285 votos, contra 170 votos para o segundo colocado, Rogério Rosso (PSD-DF).

O líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), disse que o número elevado de votos se deu por uma aliança que incluiu até parte do PT, PCdoB e PDT. “A diferença de 115 votos foi muito grande e nos surpreendeu. Vamos fazer a Câmara voltar a ter o seu protagonismo, a confiança, e ajudar o País”, disse.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que os aliados de Rodrigo Maia esperavam que ele tivesse uma vantagem de 50 votos sobre Rosso e, portanto, a expectativa foi dobrada.

Vontade de mudança
Para o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), a votação expressiva do novo presidente da Câmara indica uma vontade de mudança nos rumos da Casa. “Esses 115 votos a mais demonstraram que a Casa queria de fato uma renovação. E conseguimos atrair um campo mais extremo, inclusive com PCdoB, parte do PR, PDT, legendas que compunham a base do governo anterior, mas votaram pela renovação”, informou.

O líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), lamentou que os partidos alinhados com a esquerda não conseguiram se alinhar em nome de um só candidato no primeiro turno. Ele ressaltou que, no segundo turno, os deputados tiveram liberdade de votar de acordo com a consciência.

A decisão do PT, segundo o deputado Marco Maia (RS), não foi fácil. “Foi uma das eleições mais difíceis que o PT enfrentou. Tínhamos no segundo turno dois candidatos com diferenças enormes em relação ao partido. Eleições como esta são sempre muito complexas”, afirmou.

O que todos os deputados de oposição – PT, PCdoB e PDT – cobrarão de Rodrigo Maia é respeito ao direito das minorias. É o que disse o líder do PDT, deputado Weverton Rocha (MA). “O ex-presidente Eduardo Cunha impôs uma política personalista ruim, minando os partidos para tratar pessoalmente com cada parlamentar. O que cobramos [de Rodrigo Maia] é o compromisso para, caso se elegesse, restabelecer o convívio. Oposição é oposição, governo é governo, e nós queremos ser respeitados”, afirmou.

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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