Política e Administração Pública

Cunha reafirma que não mentiu na CPI da Petrobras e que vai provar no Conselho de Ética

09/11/2015 - 20:39  

 O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, reafirmou no final da tarde desta segunda-feira (9) a sua convicção de que vai provar, no Conselho de Ética da Casa, que não mentiu à CPI da Petrobras.

Reprodução/TV Câmara
dep. Eduardo Cunha - Pauta Bomba
Cunha: Não vejo nada que possa ser afetado com minha permanência, porque são trabalhos independentes; cada um faz o seu trabalho

Na última sexta-feira (6), em entrevista ao site G1 e à TV Globo, Cunha reafirmou que não tem contas bancárias, nem é proprietário, acionista ou cotista de empresas no exterior. Ele admitiu, entretanto, ter usufruído de ativos mantidos na Suíça e não declarados à Receita Federal e ao Banco Central, por se tratarem de recursos obtidos no exterior e mantidos em contas das quais não é mais o titular.

"Eu tenho a mais absoluta convicção de que o que falei na CPI vai ser comprovado no Conselho de Ética. Eu não estou preocupado com isso. Eu falei a verdade e vou me ater a defender a representação", afirmou.

Mais cedo, em entrevista no Salão Verde, o líder da Minoria, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), defendeu a saída de Eduardo Cunha da presidência da Casa para não afetar os trabalhos do Conselho de Ética. "A posição do PSDB e a posição dos partidos de oposição é pelo afastamento do presidente Eduardo Cunha, porque seria bem melhor para a instituição e para o próprio presidente ter o devido tempo para sua defesa", disse.

Eduardo Cunha, por sua vez, afirmou não ver problemas em permanecer na presidência da Câmara: "Eu não vejo nada que possa ser afetado com minha permanência, porque são trabalhos independentes; cada um faz o seu trabalho na Casa".

Votações
Em relação à pauta de votações, o presidente da Câmara disse que nesta terça-feira (10) será iniciada a votação da MP 688/15, que repassa o risco hidrológico dos geradores de energia elétrica para os consumidores, por meio das bandeiras tarifárias.

Ainda estão na pauta a proposta (PL 2960/15) que trata da regularização de recursos depositados no exterior, o projeto (PL 2016/15) que define o crime de terrorismo, com pena de 30 anos, além do projeto (PL 3123/15) que define os itens do contracheque que contam para o teto do funcionalismo público.

Reportagem - Karla Alessandra
Edição – Luciana Cesar

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