Política e Administração Pública

Presidente da Andrade Gutierrez também se nega a responder perguntas

31/08/2015 - 11:24  

O executivo Otávio Marques de Azevedo, presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, foi dispensado pela CPI da Petrobras depois de se recusar a responder as perguntas em audiência que ocorre em Curitiba (PR).

Azevedo foi o terceiro depoente do dia – depois do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do empresário João Antônio Bernardi Filho. Todos optaram pelo direito constitucional de permanecer calados.

O presidente da Andrade Gutierrez foi preso na 14ª etapa da Lava Jato. Ele admitiu em depoimento, um mês antes, ter sido procurado por Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, para que a empreiteira fizesse doações de campanha ao PMDB.

Soares é apontado pela Polícia Federal como operador do PMDB no esquema de desvio de recursos e pagamento de propina na Petrobras. Ele e o partido negam.

Segundo depoimento de Azevedo à PF, Soares era representante da empresa italiana Acciona e propôs a ele parcerias em negócios, como ampliação do canal do Panamá, mas nada foi adiante.

“Conhece Fernando Baiano?”, perguntou o deputado Bruno Covas (PSDB-SP). “Vou permanecer calado”, respondeu o empresário.

À polícia, Azevedo negou que a Andrade Gutierrez tenha participado do esquema de cartel em obras da Petrobras. Ele apontou que, apesar de ser a segunda maior empreiteira do país, a Andrade Gutierrez ficou na 12ª posição na participação de contratos com a estatal.

Segundo o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, a empreiteira pagou propina relativa a seis contratos da Petrobras, com valor total de R$ 4 bilhões.

O próximo depoente será o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada.

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Reportagem – Antonio Vital
Edição – Daniella Cronemberger

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