Líder do PMDB defende voto facultativo; Psol quer manter voto obrigatório
DEM, PPS e PV anunciaram que são favoráveis ao voto facultativo. PMDB, Minoria e governo liberaram as bancadas. Todos os demais querem manter o voto obrigatório
10/06/2015 - 19:23 • Atualizado em 10/06/2015 - 19:31
O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), defendeu há pouco a faculdade do eleitor de decidir se quer ou não votar “Mais vale um pleito com eleitores que se mobilizaram e que criam afinidade com um partido, com uma proposta, com um candidato, do que uma massa que vai às urnas obrigada, sem ter formado opinião sobre as propostas e os candidatos”, disse.
Apesar da posição de Picciani, o PMDB liberou a bancada para votar como quiser.
Já o PT quer manter o voto obrigatório. O líder do partido, deputado Sibá Machado (AC), afirmou que, atualmente, a decisão de não votar e de não comparecer às urnas no dia da eleição sujeita o eleitor a uma pena muito branda, de menos de R$ 4.
O líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), disse que é um engano pensar que, com o voto facultativo, não haverá mais compra de voto e currais eleitorais. “É melhor manter o sistema como está, até porque a experiência de outros países que adotam o voto facultativo mostra que há prevalência do poder econômico”, disse Alencar, acrescentando que o voto pode ser comprado, seja obrigatório ou facultativo.
“Diante da maturidade da democracia brasileira, ainda a se consolidar, é melhor manter o sistema como está. Quem não quiser participar das eleições paga a multa irrisória, e a vida segue”, completou.
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Reportagem – Murilo Souza
Edição – Pierre Triboli