Relator quer mudança na eleição para suplentes de senador
Conforme proposta defendida por Marcelo Castro, os suplentes seriam os candidatos mais votados entre aqueles não eleitos ao Senado.
17/03/2015 - 20:04
Na reunião da tarde desta terça-feira (17) da comissão especial da reforma política (PECs 344/13, 352/13 e outras), o relator, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), também defendeu mudanças no processo eleitoral para suplentes de senador.
Para ele, deveriam ser considerados eleitos senadores os três candidatos mais votados, e os suplentes seriam aqueles com mais votos entre os não eleitos. A proposta acabaria com o suplente eleito na chapa majoritária de senador, como corre hoje.
Segundo o relator, a vantagem da mudança é que o suplente que assumir o mandato terá passado pelo crivo eleitoral. “Ele teria representatividade e corrigiríamos a distorção de um senador ser eleito automaticamente com dois suplentes, que, muitas vezes, são financiadores de campanha e parentes”, comentou.
Duração das campanhas
O relator defendeu ainda menor duração das campanhas eleitorais. Na avaliação de Marcelo Castro, o ideal é que as convenções partidárias sejam realizadas entre os dias 15 e 30 de julho, diminuindo o período de campanha eleitoral em um mês. Hoje, as convenções ocorrem entre 10 e 30 de junho. As eleições continuariam sendo realizadas em outubro.
Já o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) é contra a alteração no prazo das campanhas. “Se reduzir o tempo, o debate preliminar de preparação dos partidos fica prejudicado”, opinou. “A convenção deve ser ampla em torno do programa e, por isso, é importante um prazo maior. Se vamos ter eleições de cinco em cinco anos, como é proposto, a sociedade vai discutir menos política e os partidos vão ter menos tempo para se prepararem”, complementou.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Marcelo Oliveira