Política e Administração Pública

Graça Foster não quis comentar sobre a criação de uma CPMI para a estatal

30/04/2014 - 17:15  

A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou nesta quarta-feira (30) que não iria comentar sobre a necessidade de o Congresso ter uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a estatal. “Não tenho o conhecimento que vocês têm sobre a necessidade ou não”, declarou, em resposta ao líder do Solidariedade, deputado Fernando Francischini (PR), durante audiência pública das comissões de Fiscalização Financeira e Controle; e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou hoje que vai pedir aos líderes partidários do Congresso Nacional, na próxima terça-feira (6), a indicação dos nomes de 13 deputados e 13 senadores para compor a CPI mista da Petrobras.

"Maquiagem"
Na audiência pública, Graça Foster sustentou que não houve adulteração nos números de aquisição da refinaria de Pasadena (EUA) pela empresa belga Astra Oil.

Arquivo/ Beto Oliveira
Mendonça Filho
Para Mendonça Filho, dados sobre compra de Pasadena foram "maquiados" pelo governo.

De acordo com ela, os investimentos antes da compra da Astra foram necessários para recuperar a capacidade da refinaria de 30 mil barris/dia para 100 mil barris/dia e os 685 milhões de dólares investidos pela Petrobras de 2006 a 2013 não foram “para recuperar a capacidade” de Pasadena.

O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), questionou o que ele chamou de “maquiagem” de Graça Foster para mudar os valores da compra de Pasadena da empresa Crown pela Astra Oil em 2004. “O valor pago pela refinaria foi de 42 milhões de dólares na aquisição. Quando considera o valor pago pela Astra à Crown leva em conta os investimentos, já quando se trata da compra pela Petrobras desconsidera os investimentos em Pasadena. Há uma maquiagem para mudar os valores”, argumentou o parlamentar.

Lava Jato
Perguntada sobre sua relação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal, deflagrada em março, Foster disse apenas que tinha relação profissional com ele. “Conheço o Paulo Roberto Costa de longa data, é um colega de diretoria. É preciso apurar, só o tempo dirá mais sobre isso.”

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira

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