Política e Administração Pública

Câmara aprova moção de pesar pela morte do cinegrafista Santiago Andrade

11/02/2014 - 18:44   •   Atualizado em 11/02/2014 - 19:27

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (11) uma moção de pesar pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido na cabeça por um rojão quando registrava uma manifestação na última quinta-feira (6), na cidade do Rio de Janeiro, contra o aumento das passagens de ônibus. O cinegrafista morreu nesta segunda-feira (10).

O autor da moção é o líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA). Ele afirmou que a moção "destaca os valores da democracia, a necessidade de segurança para os profissionais de imprensa e o repúdio à barbárie, a essa violência que, de repente, o Brasil está assistindo".

"Santiago foi vítima da desordem que vem se alastrando pelas ruas das cidades desde que grupos violentos se infiltraram nas manifestações da sociedade, que foi às ruas reivindicar o cumprimento de seus direitos. Por onde passam [esses grupos] deixam rastros de destruição e violência, prejuízos ao patrimônio público e privado, num total desrespeito aos princípios democráticos e aos cidadãos de bem", disse Imbassahy, no requerimento em que propôs a moção.

Punição
"Esta Casa tem o dever de exigir que os responsáveis sejam identificados e exemplarmente punidos. A sociedade já deu demonstrações suficientes de que não aceita se tornar refém da barbárie, da violência gratuita promovida por grupos radicais sem nenhum escrúpulo e respeito ao próximo, sem, ao menos, revelar seus rostos, identidades e o que os movem", afirmou o parlamentar.

Para o deputado, "há mais vítimas além de Santiago". "A imprensa, olhos e ouvidos da sociedade, a democracia e a sociedade brasileiras também estavam sendo alvejadas no momento em que Santiago tombava com sua câmera nas mãos. Esta Casa, como representante dos brasileiros de todas as partes do País, não pode ficar inerte enquanto a sociedade exige mudanças. Não podemos permitir que episódios violentos e bárbaros como este comprometam o direito de as pessoas irem às ruas se manifestar."

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

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