Política e Administração Pública

Ideli: governo teme derrubada do veto ao fim de multa extra do FGTS

O veto será analisado em sessão do Congresso prevista para 17 de setembro.

09/09/2013 - 20:38   •   Atualizado em 09/09/2013 - 22:12

Agência Brasil
Ministra Ideli Salvatti
Ideli Salvatti: derrubada do veto geraria impacto nas contas do governo e na política de geração de empregos.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, disse que o governo está preocupado com o impacto financeiro e social da derrubada do veto presidencial ao projeto que acabou com a multa extra de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) do trabalhador demitido sem justa causa (Veto 27/13).

De acordo com a ministra, o governo deixaria de arrecadar, com o fim da multa, R$ 3,6 bilhões, dinheiro que, segundo ela, é usado para subsidiar o programa Minha Casa, Minha Vida. “A retirada brusca [dos R$ 3,6 bilhões] traz consequências muito graves. Geraria impacto nas contas do governo e também na política de geração de empregos. Sem a multa, não tem como impedir a rotatividade de mão de obra”, disse a ministra.

Ideli Salvatti participou nesta segunda-feira (9) de uma reunião da presidente Dilma Rousseff com os líderes da base aliada, no Palácio do Planalto. A possibilidade de rejeição do veto foi o principal assunto discutido na reunião, segundo ela.

O veto será um dos itens analisados pela sessão do Congresso que será realizada na próxima terça (17). Além dele, os deputados e senadores devem votar mais seis vetos presidenciais.

Nova reunião
De acordo com Ideli, os líderes decidiram que vão se reunir com as suas bancadas para discutir o assunto e fechar uma posição ao longo da semana. Ainda segundo a ministra, a presidente Dilma marcou uma nova reunião com a bancada para a próxima segunda (16).

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que o ideal é manter o veto e assegurar os recursos da multa para o programa Minha Casa, Minha Vida. Ele não descartou, no entanto, a elaboração de uma nova proposta que gere consenso sobre o tema.

"A primeira opção do governo é manter e aplicar tudo no Minha Casa, Minha Vida. Mas nós já sabemos que isso tem uma dificuldade extremada. Vamos começar com esse debate, mas vamos ouvir várias outras bancadas para ver se surge alguma outra proposta", disse Chinaglia.

Da Redação/PT

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