Política e Administração Pública

Deputados divergiram sobre coincidência das eleições

Nos próximos 15 dias, o grupo tomará decisão sobre duração do mandato, fidelidade partidária, fim das coligações e sistema eleitoral.

05/09/2013 - 12:04  

Na reunião do grupo de trabalho que debate a reforma política, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) se manifestou favoravelmente à coincidência das datas de todas as eleições. “É uma economia de recursos”, argumentou. “Hoje os políticos vivem permanentemente em campanha eleitoral”, completou. Além disso, segundo ele, os partidos poderiam formular propostas coerentes para os âmbitos federal, estadual e municipal, o que poderia fortalecer as legendas.

O deputado Espiridião Amin (PP-SC) afirmou que seu partido também concorda com a coincidência das eleições. “A não coincidência das eleições prejudica a administração a cada dois anos”, destacou.

Já Luiza Erundina (PSB-SP) acredita que é positivo para a democracia haver eleições a cada dois anos. “Faz bem para o exercício da cidadania”, disse. Ela acredita que os debates nas eleições municipais seriam comprometidos com a realização simultânea do debate das questões nacionais.

O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) ressaltou que o PT não tem posição fechada sobre o tema. Mas destacou que sua posição pessoal é pela manutenção das eleições separadas, para não misturar questões federais e municipais. O deputado Guilherme Campos (PSB-SP) também destacou que não há posição fechada da bancada sobre a coincidência das eleições. “Mas pessoalmente acredito que nossa democracia é muito jovem, e colocar todas as escolhas de uma única vez pode apresentar perigos para a governabilidade”, afirmou.

Reportagem – Lara Haje
Edição - Patricia Roedel

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