Morte de Brizola adia votação do mínimo

22/06/2004 - 08:39  

A votação da Medida Provisória do Salário Mínimo (182/04) foi adiada para amanhã em razão da morte do presidente nacional do PDT, Leonel Brizola. O anúncio foi feito ontem pelo presidente da Câmara, João Paulo Cunha, durante reunião de líderes, quando foi informado da morte do ex-governador.
João Paulo afirmou que Leonel Brizola era uma ligação entre o passado e o futuro, e que a morte dele representa uma perda política para aqueles que querem construir um país melhor.

Enfarte
O presidente nacional do PDT e líder trabalhista brasileiro, Leonel Brizola, morreu ontem, às 21h29, no Rio de Janeiro, vítima de enfarte. O corpo do ex-governador, que tinha 82 anos, está sendo velado no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense. Amanhã (23), seguirá para Porto Alegre (RS) e será velado no Palácio Piratini. O enterro está previsto para quinta-feira (24) em São Borja (RS).

Líder das esquerdas
Ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, deputado federal eleito em 1962 e cassado pelo regime militar em 1964, Brizola foi um dos personagens mais importantes do cenário político brasileiro dos últimos 50 anos. No Parlamento, Brizola se tornou o líder das esquerdas e o principal coordenador do grupo de pressão sobre o governo de João Goulart na consecução das reformas de base, principalmente a reforma agrária, que, a seu ver, devia ser feita “na lei ou na marra”.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, decretou luto oficial por três dias em razão da morte do presidente do PDT.

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Da Reportagem / ND

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