Meio ambiente e energia

Ministro defende centro de referência de segurança de barragens em Brumadinho

21/02/2019 - 16:22  

Em audiência pública da comissão externa sobre o rompimento da barragem da empresa Vale (MG), nesta quinta-feira (21), o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, disse que o governo estuda alternativas de atividades econômicas para Brumadinho, já que não haverá mais mineração no município.

O objetivo do governo, segundo ele, é tornar Brumadinho um centro de referência de segurança de barragens e também estimular o turismo na região, que já conta com o centro de arte de Inhotim. “Não queremos que Brumadinho se transforme em Mariana (MG), no sentido de que aquela região fique como está hoje”, afirmou, referindo-se ao rompimento de barragem na outra cidade mineira há pouco mais de três anos.

Ações imediatas
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) afirmou que as ações propostas pelo governo são de médio e longo prazo. Porém, para ele, existem questões imediatas, como a captação de água para a produção agrícola na região, que cessou após a tragédia. O parlamentar pediu a articulação de órgãos governamentais para intervenção na empresa Vale, para o pagamento das ações imediatas necessárias.

Coordenador da bancada de Minas Gerais, Diego Andrade (PSD-MG) também apelou que o governo federal auxilie o governo estadual nas ações imediatas necessárias. O ministro disse que as informações da Defesa Civil são de que as ações emergenciais à população já foram realizadas - desabrigados foram alojados e ninguém passa sede.

Jorge Luiz de Paula, coordenador regional da Funai na cidade mineira de Governador Valadares, explicou que o desastre atingiu a aldeia Naô Xohã, da etnia Pataxó, localizada no município de São Joaquim de Bicas, que fica ao lado de Brumadinho. Conforme ele, a população, formada por 83 indígenas, já recebeu alimentos, colchões e filtros de barro. Mas a comunidade reivindica o pagamento de um auxílio financeiro, a manutenção do fornecimento de alimentação e energia elétrica na aldeia, além da implantação de projetos de sustentabilidade agroflorestal.

Reportagem - Lara Haje
Edição – Ana Chalub

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