Autoridades brasileiras esperam aprovação de novo acordo climático global
29/04/2015 - 21:14
Autoridades brasileiras envolvidas na elaboração do novo acordo climático global querem um documento justo e que induza à participação de todos os países. O texto será apresentado em novembro, na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-21), em Paris.
O assunto foi debatido nesta quarta-feira (29) na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), com representantes do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Meio Ambiente e do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
Para o subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério de Relações Exteriores, embaixador José Antonio Marcondes de Carvalho, agora é o momento de definir as “regras do jogo”. Ele disse que o novo acordo precisa apontar as necessidades de cada país e, ao mesmo tempo, nenhuma nação deve renunciar ao direito de se desenvolver.
Segundo o embaixador, cabe ao governo gerar empregos e criar meios para que o País cresça de maneira sustentável. “Como o novo acordo passará a ter vigência somente a partir de 2020, acredito que, entre 2015 e 2020, é um tempo razoável para que os países internalizem as medidas e trabalhem em cima de suas contribuições”, disse Carvalho.
Expectativas positivas
O diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Adriano Oliveira, é otimista quando se refere à projeção esperada para o novo acordo climático global. Segundo ele, o Brasil conseguiu reduzir 41% da emissão de gases do efeito estufa desde o início do monitoramento, em 2004, com a implantação do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDan).
“O Brasil já foi capaz de reduzir as taxas de desmatamento na Amazônia em 82,5%. Como a projeção para 2020 é reduzir o desmatamento em até 80% e, atualmente, alcançamos o equivalente a 75,2%, então, estamos em um bom caminho”, ponderou.
Segundo o presidente da CMMC, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), a expectativa é positiva sobre o posicionamento do Brasil na COP-21. Ele lembrou que, em junho, haverá o encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e disse esperar que este seja um dos assuntos mais importantes da pauta.
“Tenho a convicção de que, com as contribuições do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério do Meio Ambiente, poderemos estimular ainda mais o debate junto à CMMC, resultando numa posição de liderança brasileira na questão climática e ambiental”, afirmou o senador.
Da Redação – PT
Com informações da Agência Senado