Educação, cultura e esportes

Proposta cria duas novas loterias do futebol para financiar jovens atletas

07/05/2014 - 16:55  

O substitutivo do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) aprovado na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o Programa de Fortalecimento dos Esportes Olímpicos (Proforte – PLs 5201/13 e 6753/13) cria duas novas modalidades de loteria para financiar um fundo para novos atletas.

A proposta autoriza a Caixa Econômica Federal a criar a Lotex, que deverá funcionar como loteria instantânea (raspadinha), seja física ou virtual. O texto inicial previa apenas uma raspadinha física. Essa loteria usará nomes, marcas, hinos e imagens dos clubes, que também poderão firmar parceria com a Caixa para funcionar como pontos de venda dessas raspadinhas.

Dos recursos arrecadados na Lotex, 10% serão destinados ao Fundo de Iniciação Desportiva na Educação (IniciE), criado pela proposta e destinado à formação de atletas nos ensinos fundamental e médio, objetivo inicial do Proforte. Pelo texto, serão beneficiados alunos matriculados em instituições públicas de ensino fundamental e médio ou em instituições especializadas de educação especial reconhecidas pelo Ministério da Educação. O texto permite que escolas de ensino fundamental apresentem projetos para usar recursos do Inicie.

Apostas on-line
Além disso, a proposta cria uma loteria por cota fixa on-line. O fundo terá 10% do montante arrecadado pela Lotex e 10% do resultado obtido com as apostas on-line.

Segundo Leite, os ganhadores dessas modalidades não deverão pagar imposto de renda. A mesma isenção passará a ser aplicada para prêmios da Timemania (alíquota atual de 30%), Loteca (26,6%) e Lotogol (26,6%). O objetivo é tornar esses sorteios mais atrativos. A previsão é que a isenção aumente o número de apostas e gere uma arrecadação maior, suficiente para a renúncia fiscal estimada em R$ 30 milhões no primeiro ano.

Nesta segunda-feira (5), o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que é uma "boa ideia" a liberação de apostas online em jogos de futebol. "Se há como objetivo a repatriação de recursos de apostas que são enviadas para o exterior, acho que é uma boa intenção e uma boa ideia", disse.

No ano passado, o mercado brasileiro de apostas no futebol em sites registrados fora do País movimentou cerca de R$ 1,8 bilhão, segundo dados da empresa de consultoria Global Betting and Gaming Consultants.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira

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