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Câmara celebra 200 anos do retorno ao Brasil de José Bonifácio, o Patriarca da Independência

Além da independência do Brasil, estudioso defendeu o fim da escravidão, a soberania do território nacional e a integração dos índios à sociedade, destacou Rodrigo Maia durante sessão solene

13/06/2019 - 17:12  

Michel Jesus/ Câmara dos Deputados
Homenagem aos Duzentos Anos do Retorno de José Bonifácio de Andrada e Silva ao Brasil
Solenidade foi realizada no Plenário Ulysses Guimarães

A Câmara dos Deputados realizou sessão solene nesta quinta-feira (13) para celebrar os 200 anos do retorno de José Bonifácio de Andrada e Silva ao Brasil. Em 1819, depois de décadas de estudo em Portugal, ele desembarcou na cidade do Rio de Janeiro para, posteriormente, se tornar o “Patriarca da Independência” brasileira.

Em discurso lido no Plenário, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, destacou que Bonifácio possuía “elevado senso político” e contribuiu de maneira inestimável à nação brasileira. Maia lembrou que o patriarca, nascido em São Paulo em 1763, defendia o fim da escravidão, a independência do País, a defesa do território brasileiro, além da integração dos índios à sociedade.

“A coerência das ideias dele garantiu a vitória do movimento libertário e, não por outra razão, adquiriu o epíteto de ‘Patriarca da Independência’”, comentou o presidente da Câmara.

Um dos autores do pedido para a realização da solenidade, deputado Enrico Misasi (PV-SP) ressaltou que é preciso resgatar os episódios de valor da história do País.

“Queremos, sem ingenuidades, focar nos grandes personagens e nas grandes passagens que nos fazem ter orgulho da nossa pátria e desejar servi-la”, declarou Misani, que é presidente da comissão especial curadora sobre a comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil.

Meio ambiente
O historiador Eduardo Bueno disse que é importante comemorar as datas significativas, mas destacou que “comemorar” não significa necessariamente festejar e, sim, rememorar coletivamente. Ele acrescentou que a história nos serve de espelho, e que se estivesse vivo, José Bonifácio seria um defensor do meio ambiente e adoraria discutir os temas atuais.

“Sem querer polemizar, hoje o meio ambiente está sob ataque e um ataque que vem do próprio governo. José Bonifácio, se vivo fosse, ergueria sua voz”, apontou Bueno.

Em sentido semelhante, o deputado Lafayette de Andrada (PRB-MG), descendente do homenageado, lembrou que Bonifácio também é o “Patrono do Meio Ambiente” e que vislumbrava um Brasil diferente.

“Era um homem que tinha um pensamento muito a frente, que pensava o futuro”, frisou Lafayette.

Selo comemorativo
Durante a solenidade na Câmara, foi lançado um selo comemorativo em homenagem ao bicentenário.

Reportagem – Karina Berardo
Edição – Marcelo Oliveira

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