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Câmara recebe da Unesco certificado de Memória do Mundo

Reconhecimento deve-se ao acervo de Bertha Lutz mantido pela Casa

11/12/2018 - 15:49  

Divulgação
Personalidades - Bertha Lutz
Bertha Lutz lutou pela mudança da lei trabalhista referente à mulher e ao menor de 18 anos, propôs igualdade salarial e licença de três meses à gestante

A Câmara dos Deputados recebe, nesta quarta-feira (12), o certificado de Memória do Mundo pelo conjunto de documentos relacionados a Bertha Lutz. O programa, da Organização das Nações Unidas pela Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), busca valorizar e incentivar a preservação de acervos que tenham grande importância para a sociedade.

A cerimônia será realizada às 18 horas, no Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, no Rio de Janeiro.

A candidatura “Feminismo, Ciência e Política – O Legado de Bertha Lutz, 1881-1985” foi apresentada em conjunto com o Arquivo Histórico do Itamaraty, o Arquivo Nacional e o Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas (CMU).

Cada instituição disponibilizou acervo de diferentes atuações de Bertha Lutz. O conjunto de documentos foi um dos dez selecionados pela Unesco neste ano, de um total de 29 candidaturas no País.

Essa é a segunda vez que a Câmara dos Deputados recebe o certificado Memória do Mundo. A primeira foi em 2013, com o conjunto de documentos da Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil de 1823.

Acesso ao público
Os documentos de Bertha Lutz referentes ao acervo da Câmara dos Deputados estarão disponíveis no site Arquivo Histórico

Todos os documentos originais sob custódia da Câmara estão disponíveis a qualquer cidadão, que pode consultar o acervo ou, ainda, obter cópia dos arquivos. Os contatos podem ser feitos pelo serviço Fale Conosco, pelo Disque-Câmara (0800-619-619) ou de forma presencial, no Balcão do Serviço de Informação ao Cidadão, localizado no anexo 2 da Casa.

Bertha Lutz
Bióloga, deputada e feminista brasileira, Bertha Lutz (1894-1976) foi uma das fundadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Criada em 1922, a entidade lutou pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, pelo acesso das mulheres à educação e ao mercado de trabalho, e contribuiu para a conquista do voto feminino, garantido na Constituição de 1934.

Formada em Ciências na Sorbonne, Bertha Lutz também atuou como pesquisadora no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em uma época em que as mulheres eram excluídas do campo científico. Ela assumiu a cadeira de deputada em 1936, e foi uma das representantes do Brasil na Conferência de São Francisco de 1945, que resultou na Carta da ONU.

Livro
Em 2016, a Casa publicou pela Edições Câmara o perfil parlamentar de Bertha Lutz, uma das pioneiras na luta pelo voto feminino.

O programa
O Programa Memória do Mundo entende que o patrimônio documental mundial pertence a todos, e deve ser completamente preservado e protegido por todos, com o devido reconhecimento e respeito por hábitos e práticas culturais, devendo ser permanentemente acessível.

Entre os critérios para seleção de acervos para o programa estão sua importância mundial e seu destacado valor universal.

Da Redação - ND
Com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara dos Deputados

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