Economia

Baixa nos mananciais é histórica, mas governo descarta racionamento de energia

02/04/2014 - 11:53  

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou há pouco que o País pode estar vivendo a pior baixa nos mananciais de água da história. No entanto, embora avalie a situação como pior do que a vivida em 2001, quando o Brasil sofreu com o risco de um apagão, Tolmasquim acredita que o Brasil está muito mais preparado para enfrentar o problema.

“Entre 2001 e 2013 a capacidade de geração de energia cresceu 43% acima do aumento de consumo no período”, afirmou. Tomasquim destacou a criação do parque de usinas termoelétricas como ferramenta para prevenção de eventuais necessidades de racionamento. “A capacidade de geração em 2001 era muito mais dependente de hidrelétricas”, acrescentou.

Termoelétricas
O presidente da EPE defendeu o uso das termoelétricas. Segundo ele, houve uma democratização no número de investidores, com a realização de 27 leilões em que foram contratadas 700 usinas. “No mundo, 70% da energia do mundo é gerada por termoelétricas. No Brasil, onde 70% da energia é de origem hídrica, isso parece estranho, mas está de acordo com o resto do mundo”, disse Tolmasquim.

O presidente da EPE, órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, participa de audiência pública da Comissão de Minas e Energia sobre a crise no abastecimento de luz.

A audiência prossegue no plenário 14.

Reportagem - Juliano Pires
Edição - Rachel Librelon

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