Direitos Humanos

Deputadas pedem mudança na reforma sobre aposentadoria de pessoa com deficiência

07/12/2016 - 16:00  

Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados
Cerimônia de Entrega do Prêmio Brasil Mais Inclusão. Representante do agraciado Memorial da Inclusão: os Caminhos da Pessoa com Deficiência – São Paulo, SP
Mara Gabrilli e Rosinha da Adefal participaram da entrega do prêmio, em sessão solene

Em sessão solene na Câmara para a entrega do Prêmio Brasil Mais Inclusão, as deputadas Rosinha da Adefal (PTdoB-AL) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) manifestaram preocupação com os efeitos da reforma da Previdência na vida das pessoas com deficiência.

O ponto criticado pelas parlamentares, que são portadoras de deficiência, diz respeito à aposentadoria dessa parcela da população, tratada no texto como aposentadoria por invalidez.

“Apelamos para que se consiga converter a aposentadoria por invalidez em aposentadoria especial da pessoa com deficiência. Isso incentiva o trabalho delas", afirmou Mara Gabrilli, que é terceira-secretária da Mesa Diretora.

É injusto que, ao fim da minha carreira de trabalho, eu seja aposentada por invalidez depois de ter provado tanto a minha capacidade laborativa”, disse Rosinha da Adefal..

As deputadas também defenderam a aprovação pelo Plenário de um projeto de resolução (76/15) que cria a Coordenação de Acessibilidade na estrutura da Diretoria-Geral da Câmara.

“Esse projeto vai oficializar a nossa acessibilidade aqui na Casa e para sempre. Um dia, eu e a Rosinha não vamos mais estar aqui. Temos que garantir que esta Casa funcione pensando em acessibilidade para quem visita ou trabalha aqui. Acessibilidade é um direito fundamental”, alertou Mara Gabrilli.

Aborto
O aborto de fetos com algum tipo de deficiência foi outro ponto criticado por Rosinha da Adefal. No momento em que o Superior Tribunal Federal discute essa possibilidade em casos de gestantes infectadas pelo zika vírus, em razão das chances de o bebê nascer com microcefalia, a deputada se manifestou em defesa das pessoas com deficiência.

“Eu não admito que usem a deficiência como justificativa para que seja liberado o aborto. Se fosse assim, muitos brasileiros não estariam hoje contribuindo com este País", declarou. 

Reportagem - Noéli Nobre
Edição - Rosalva Nunes

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