Consumidor

Deputado critica falta de fiscalização da venda de remédios

27/02/2013 - 20:23  

No videochat promovido pela Coordenação de Participação Popular (CPP) nesta quarta-feira, os internautas criticaram o fato de que, sem acesso aos inibidores de apetite, têm de recorrer a medicamentos “off-label” — aqueles indicados para outas doenças, mas que têm, entre seus efeitos colaterais, o emagrecimento. Eles citaram como exemplos remédios para hipertensão, déficit de atenção, enxaqueca e diabetes, vendidos muitas vezes sem receitas. O deputado Dr. Paulo César (PSD-RJ) criticou a falta de fiscalização para a venda de quaisquer medicamentos, em especial os manipulados.

Os internautas criticaram, também, a suposta falta de estudos e dados técnicos para embasar a proibição de anorexígenos. Eles citaram diversos inibidores de apetite liberados oficialmente nos Estados Unidos.

A internauta Andrea questionou: “Por quanto tempo mais teremos que tomar medicamentos off label como antidepressivos, para déficit de atenção e para diabetes, sendo que nosso problema é obesidade? Essa retirada de medicamento pela Anvisa foi como tirar, do mercado, remédios para hipertensos e começar a fazer testes com outros para ver se dá certo. Existem estudos sobre os anorexígenos. Podemos provar tudo o que falamos aqui”. O relator informou que teve acesso aos estudos que guiaram a decisão da Anvisa.

Internautas também afirmaram que a agência não deveria ter a prerrogativa de proibir a venda, já que cabe ao médico prescrever a medicação e acompanhar os pacientes. A internauta Lisandra criticou: “O médico é o responsável pela receita, e retiraram o poder de decisão do médico.”

Foi citado o uso de quimioterápicos, que têm muitos efeitos colaterais — mas cabe ao médico analisar a relação entre o custo e o benefício.

Reportagem – Patricia Roedel
Edição – João Pitella Junior

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