Agropecuária

Crescimento populacional e do consumo afetam crise hídrica, ressalta debatedor

08/03/2016 - 18:25   •   Atualizado em 09/03/2016 - 14:53

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre os impactos da Crise Hídrica sobre a Agricultura Familiar nos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais
Comissão especial da Câmara dos Deputados está analisando os efeitos da crise hídrica no Brasil

O coordenador-geral de Irrigação e Estratégias Contra Seca do Ministério da Agricultura, Demetrios Christofidis, afirmou que os principais problemas atuais, que afetam diretamente a crise hídrica, são o crescimento populacional e o crescimento do consumo pela população. Para ele, deve-se aumentar a produção agrária através da melhoria dos sistemas de irrigação.

O representante do Ministério da Agricultura participou de audiência pública da comissão especial destinada a estudar e debater os efeitos da crise hídrica, bem como propor medidas tendentes a minimizar os impactos da escassez de água no Brasil.

O objetivo do encontro foi debater os efeitos crise hídrica e propor medidas para minimizar os impactos da escassez de água na agricultura familiar dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais.

Demetrios Christofidis destacou que o Brasil tem potencial de crescimento na agricultura de 30 a 45 milhões de hectares, e que somente 6,5 milhões são irrigados, segundo estudos de 2014. Ele afirma também que a maior parte dos países desenvolvidos sofreram esse problema, e que o aumento da produção é a melhor solução.

Integrantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) ressaltaram o problema da falta de chuva em algumas regiões.

Medidas governamentais
O deputado Givaldo Vieira (PT-ES) disse que propôs a audiência pública para que, juntamente com os agricultores, se encontrem medidas governamentais. Ele pretende melhorar o controle da poluição hídrica, além de incentivar e viabilizar construções sustentáveis no País. “Nós precisamos acolher essa gente e receber essa mensagem. Trabalharmos aqui, como vocês trabalham intensamente, em numa articulação pra encontrar caminhos”, disse.

Reportagem – João Vitor Silva/NA

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