Agropecuária

Comissão aprova indenização para produtores atingidos por pragas

20/05/2010 - 17:25  

Ivaldo Cavalcante
Pedro Chaves: medida vai atualizar legislação em vigor há mais de 60 anos.

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou ontem indenização ao produtor quando o governo determinar o sacrifício de animais doentes, a destruição de lavouras ou de construções rurais contaminadas.

A medida está prevista no Projeto de Lei 6468/09, do deputado Dr. Talmir (PV-SP), que determina indenização ao produtor em 1/4 do valor do animal vítima de tuberculose; metade, no caso de zoonoses; 2/3, para doenças infecto-contagiosas; e a totalidade do valor, quando a necropsia não confirmar o diagnóstico clínico.

A indenização sobre lavouras erradicadas será calculada com base no custo de produção, considerando-se a perda em função da doença e o possível aproveitamento de partes da plantação. Já a compensação pela destruição de construções rurais será avaliada de acordo com o bem perdido.

Doença incurável
Não haverá ressarcimento do produtor quando se tratar de raiva ou outra doença incurável e letal; quando ficar comprovado que não foram cumpridas as medidas sanitárias; ou quando os proprietários violarem os regulamentos de defesa sanitária ou outras normas legais.

O relator, deputado Pedro Chaves (PMDB-GO), recomendou a aprovação do projeto que, na sua opinião, vai atualizar uma legislação em vigor há mais de 60 anos (Lei 569/48). “Os procedimentos para a avaliação dos bens indenizáveis constituem avanço extraordinário em relação a lei de 1948, que só trata da produção animal”, afirmou.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., segue para análise das comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Newton Araújo

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