Subprocurador elogia trabalho da Câmara com instituições no combate à corrupção
15/09/2016 - 14:34 • Atualizado em 15/09/2016 - 14:48
O subprocurador-geral da República Marcelo Muscogliati elogiou o trabalho de comissão parlamentar de inquérito (CPI) realizada pela Câmara e reforçou a importância da parceria entre as instituições no combate à corrupção.
Ele participou de reunião da comissão especial da Câmara que analisa medidas anticorrupção (PL 4850/16).
Segundo Muscogliati, a operação Greenfield do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que investiga os fundos de pensão, é resultado do trabalho da CPI dos Fundos de Pensão feito pela Câmara.
"São várias instituições, vários agentes trabalhando, de diferentes organismos, tentando reprimir e evitar que fundos de pensão sejam comprometidos, como se demonstra agora em grande parte na operação Greenfield”, ressaltou.
“Mas o trabalho é daqui da Câmara também. Esse não é somente um trabalho do Ministério Público, da Polícia, dos auditores da Previc, dos auditores da Receita Federal ou do INSS ou da CVM e do Banco Central, é um trabalho conjunto, todos os atores estão envolvidos", destacou.
Mesmos alvos
Os principais alvos da operação Greenfield, (deflagrada na semana passada), são os fundos de pensão Funcef (dos funcionários da Caixa), Petros (da Petrobras), Previ ( do Banco do Brasil) e Postalis (dos Correios). Os mesmos fundos investigados pela CPI dos Fundos de Pensão, que atuou na Câmara no ano passado.
Protagonista nas investigações
Presidente da CPI, o deputado Efraim Filho (DEM-PB) considerou o reconhecimento do Ministério Público gratificante. Ele afirmou que o grande mérito da CPI dos Fundos de Pensão foi ser protagonista nas investigações, “ao ser o primeiro instrumento de investigação que foi capaz de fazer uma sistematização de todo o esquema”.
De acordo com o parlamentar, o que havia, “até a CPI começar, eram investigações isoladas: um caso de corrupção suspeito no Postalis, um caso suspeito de corrupção na Fucef etc. E a CPI conseguiu identificar o modus operandi que se espalhava por todos os fundos investigados".
Efraim Filho avalia ainda que outro grande mérito da CPI dos Fundos de Pensão foi coibir a impunidade, ao identificar prejuízos de R$ 50 bilhões nos fundos que garantem as aposentadorias dos funcionários de estatais. Segundo o deputado, "esses recursos foram desviados para corrupção".
Reportagem – Geórgia Moraes
Edição – Newton Araújo
