Política e Administração Pública

Empresário diz não ter conhecimento de pagamento de propina na Petrobras

Reunião da CPI já se encerrou

15/09/2015 - 17:55   •   Atualizado em 15/09/2015 - 18:25

Roberto de Moraes Mendes, responsável pela gestão de projetos de gasodutos e oleodutos da empresa Saipem do Brasil, disse em depoimento à CPI da Petrobras não ter conhecimento de suspeitas de pagamento de propina pela empresa a diretores da Petrobras.

“Nunca foi feito qualquer pedido de propina ou mesmo insinuação nas fases em que participei dos contratos, durante os processos de licitação”, disse, ao responder pergunta do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).

“Já negociou com (o ex-diretor de Serviços Renato) Duque, (o ex-diretor de Abastecimento) Paulo Roberto Costa ou com (o ex-gerente da área de Serviços Pedro) Barusco?”, perguntou o deputado.

“Nunca”, respondeu.

O empresário João Antonio Bernardi Filho, preso pela Operação Lava Jato, é acusado de intermediar pagamento de propina da Saipem para o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Bernardi se recusou a responder as perguntas da CPI há duas semanas, em Curitiba (PR).

De acordo com o MPF, o empresário ofereceu a propina a Duque para que a Saipem vencesse a licitação da Petrobras para a instalação do gasoduto submarino de interligação dos campos de Lula e Cernambi, localizados na Bacia de Santos.

Bernardi chegou a rir durante o depoimento ao ser perguntado a respeito de um assalto que teria sofrido perto da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, quando carregava R$ 100 mil suspostamente destinados ao pagamento de propina.

Ao ser questionado se teve conhecimento do episódio, Mendes respondeu que não. “Fiquei sabendo disso recentemente pela imprensa e fiquei muito surpreso”, disse.

A reunião da CPI já se encerrou.

Reportagem - Antonio Vital
Edição - Newton Araújo

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