Política e Administração Pública

Empresário fica em silêncio durante depoimento à CPI da Petrobras em Curitiba

11/05/2015 - 14:22  

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O empresário Mário Góes, preso em Curitiba acusado de envolvimento em desvios de dinheiro da Petrobras, usou o direito de permanecer calado e se recusa a responder perguntas dos membros da CPI da Petrobras. “Vou ficar em silêncio”, disse o empresário no início do interrogatório. Góes se mostra abatido e apresenta dificuldades de locomoção.

Mário Góes é acusado de ser operador do esquema e de intermediar o pagamento de propina por empresas contratadas pela Petrobras. Ele foi mencionado nos depoimentos do ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco.

De acordo com o ex-gerente, Góes atuou como operador financeiro em nome de várias empresas contratadas pela Petrobras.

Góes nega qualquer envolvimento no caso. Ele é sócio da empresa Arxo, de construção de tanques de combustíveis. A empresa é suspeita de envolvimento em um esquema de pagamento de propina investigado pela Operação Lava Jato. Segundo a Polícia Federal, a companhia tem negócios com a BR Distribuidora.

Conforme as alegações do Ministério Público Federal, Góes operava o pagamento de propinas provenientes de contratos firmados pela Petrobras. Ele é suspeito de entregar a Barusco mochilas com grande valores de propina em espécie, que variavam entre R$ 300 mil e R$ 400 mil.

“O senhor se recusa a falar, mas vai ouvir as nossas perguntas e as suspeitas que pesam contra o senhor. E espero que seja levado a contribuir para esclarecer esse prejuízo à Petrobras”, disse o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

Góes já foi liberado. Em instantes, começará o depoimento de Nestor Cerveró (ex-diretor da área Internacional da Petrobras, acusado de atuar a mando do PMDB). Os depoimentos estão sendo tomados no auditório do edifício-sede da Justiça Federal em Curitiba.

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Reportagem – Antonio Vital
Edição – Natalia Doederlein

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