Política e Administração Pública

Alves afirma que maratona hacker vai agilizar processo legislativo

30/10/2013 - 10:55  

Antonio Augusto/Câmara dos Deputados
Presidente Henrique Alves (PMDB - RN) conversa com participantes do concurso
Henrique Alves conversa com participantes da maratona hacker.

Ao chegar à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, o presidente Henrique Eduardo Alves visitou o espaço no Salão Branco onde, até sexta-feira, 50 hackers se concentram para desenvolver aplicativos para dar mais transparência ao Legislativo. Para Alves, a iniciativa vai ajudar muito o trabalho legislativo e tornar mais ágil a interação do Parlamento com toda a sociedade.

"Esse mecanismo da internet, das redes sosciais, só vem facilitar o nosso trabalho. O que nós queremos é tornar essa Casa mais transparente e trazer aplicativos novos que vão dar mais rapidez ao processo legislativo", disse Alves, ao reconhecer que, em muitos casos, a discussão de projetos é demorada.

Confira a programação completa da Hackathon.

Entre as sugestões trazidas pelos hackers estão um mapa para a Comissão de Meio Ambiente monitorar a seca no País e um programa que permite que qualquer pessoa acompanhe os gastos dos parlamentares individualmente. A ideia é que os três aplicativos ganhadores e outros avaliados estejam no site da Câmara e disponíveis para acesso público até o final de novembro.

Voto secreto
Em resposta a um dos hackers quanto ao uso do voto secreto no Parlamento, Alves afirmou que não submeterá mais ao Plenário nenhum processo de cassação de deputado sob o sistema secreto. "Eu defendo o voto aberto para todas as proposições. A Câmara já aprovou isso e eu espero que o Senado também o faça", declarou Alves.

Com a decisão do presidente, o Plenário, que tem a última palavra em processos contra deputados, não deve se posicionar sobre a representação do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contra o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) até as que votações deixem de ser secretas.

Em setembro, o conselho aprovou a suspensão por 90 dias do mandato do parlamentar por considerar censurável a relação de amizade dele com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, principal réu da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Reportagem - Murilo Souza
Edição - Natalia Doederlein

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