Política e Administração Pública

Câmara seleciona propostas de aplicativos em maratona hacker para transparência legislativa

Foram selecionadas 27 sugestões de aplicativos para aumentar a transparência na divulgação do trabalho parlamentar.

30/09/2013 - 20:49   •   Atualizado em 01/10/2013 - 18:04

Divulgação
selo da Maratona Hacker

A comissão organizadora da maratona hacker, Hackathon, da Câmara dos Deputados selecionou 27 de 99 sugestões de aplicativos para aumentar a transparência na divulgação do trabalho parlamentar e colaborar para a compreensão do processo legislativo. As ideias foram enviadas por 183 programadores e desenvolvedores de todo País para a iniciativa, que faz parte das comemorações dos 25 anos da Constituição Federal.

A fase final do concurso ocorrerá de 29/10 a 1/11 em um ambiente hacker dentro do prédio da Câmara, com internet de alta velocidade e projetores multimídia. Uma comissão avaliadora formada por um parlamentar, técnicos da Casa e representantes da sociedade vai escolher os três projetos vencedores, que receberão, cada um, R$ 5 mil de prêmio com patrocínio do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis).

Transparência 2.0
A Hackathon faz parte de uma nova fase de transparência, decorrente da recente Lei do Acesso à Informação (12.527/11), a chamada transparência 2.0. O formato estimula o desenvolvimento de aplicativos que sejam por si mesmos implementáveis, ou seja, não dependam de nenhuma integração com os sistemas tecnológicos da Câmara.

Entre os aplicativos selecionados estão um mapa da seca no Brasil para monitoramento pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, outro para acompanhar a atuação parlamentar da bancada feminina com projetos e votações. A maioria das sugestões trata da transparência do processo legislativo e para mostrar de uma forma mais clara a atuação parlamentar em geral.

Jogo parlamentar
O cientista da computação Fabrício Nascimento, 26 anos, se uniu a dois amigos para criar um jogo virtual para mostrar a rotina parlamentar de uma maneira lúdica. “Porque a gente não faz um jogo? Um jogo ia ser legal, as pessoas iam se divertir, passar de nível, ia ser uma brincadeira que por trás tem aquele conhecimento que a gente quer que as pessoas tenham”, disse. Ele teve a ideia ao acompanhar as discussões em redes sociais dos protestos de junho.

No jogo, as pessoas serão deputados e ganharão pontos por discussões e votações feitas, além de convidar amigos. As propostas discutidas pelo jogo online seriam as mesmas em debate no Congresso e os jogadores poderiam discutir sobre as propostas como em um fórum.

O coordenador da comissão organizadora Hackathon, Cristiano Ferri, espera que a iniciativa estimule outros órgãos públicos a fazer ações semelhantes. “Queremos estimular os órgãos públicos e outros parlamentos a convidar essa sociedade de inovadores que está querendo mudança, que está querendo uma nova visão de parlamento, um parlamento mais aberto e participativo”, afirmou.

Dia 8 de novembro é a data limite para os ganhadores apresentarem a versão final de seus aplicativos. Segundo Ferri, os vencedores receberão o prêmio do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, em dezembro.

Reportagem - Tiago Miranda
Edição – Regina Céli Assumpção

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.