Política e Administração Pública

Comissão Mista de Orçamento começa a votar projeto da LDO no dia 3

Relator espera concluir votação do texto até 17 de setembro, quando proposta deverá ser levada para análise do Plenário do Congresso. Parlamentares já apresentaram 471 destaques ao texto do deputado Danilo Forte.

27/08/2013 - 17:46  

Lúcio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados
Reunião Extraordinária. Dep. Danilo Forte (PMDB - CE)
Forte propôs que votação comece pelo seu relatório e, em seguida, sejam apreciados os destaques.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) começa a votar o relatório final da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014 (LDO – PLN 2/13) na próxima terça-feira, dia 3 de setembro. A decisão foi tomada pelo colegiado nesta terça-feira (27). Segundo o relator, deputado Danilo Forte (PMDB-CE), a comissão tem até o próximo dia 17 de setembro para concluir a votação. Essa é a data prevista para a votação do texto pelo Plenário do Congresso, já que a pauta está trancada por dois vetos presidenciais.

O relatório final ao projeto de lei foi apresentado ao colegiado no último dia 22 de agosto. Das 4.085 emendas apresentadas ao texto, o relator aceitou 2.050 (273 com aprovação completa e 1.777 com aprovação parcial). Outras 2.029 emendas foram rejeitadas e 6 não foram admitidas. Agora os integrantes da comissão podem apresentar destaques ao relatório.

Até a tarde de hoje, já haviam sido apresentados 471 destaques ao relatório de Forte. O presidente da comissão, senador Lobão Filho (PMDB-MA) pediu aos integrantes do colegiado que apresentem seus destaques até a próxima quinta, dia 29. O prazo, segundo ele, é necessário para que o relator estude os dispositivos durante o fim de semana. De acordo com o regimento do Congresso, no entanto, os deputados podem apresentar destaques ao relatório até o final da sua discussão no colegiado.

Lei Orçamentária Anual
O governo deverá encaminhar ao Congresso Nacional o projeto de Lei Orçamentária Anual para 2014 (LOA) na próxima sexta-feira, dia 30. Segundo Forte, a aprovação da LDO até setembro é necessária para orientar a debate sobre a LOA, que costuma ser aprovada até o final do ano anterior à vigência.

“A gente quer uma LOA em consonância com a LDO, senão a LDO fica sem efeito. Quando o constituinte fez uma lei interagindo com a outra, é para que uma lei correspondesse às aspirações da outra. A LOA é uma lei que diz quanto dinheiro vai para cada ação, mas o que define as ações e os investimentos é a LDO”, explicou.

Eixos temáticos
Os integrantes da CMO também decidiram dividir os destaques apresentados em cinco eixos temáticos: metas fiscais do governo; ações prioritárias; execução provisória do orçamento em caso de não aprovação da LOA até o final do ano; orçamento impositivo, que obriga a execução das emendas parlamentares até o limite de 1% da receita corrente líquida realizada no ano anterior; e atuação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Congresso nos casos de obras com indícios de irregularidades. A ideia é que os deputados discutam e votem em conjunto os destaques sobre cada eixo.

O líder dos Democratas na comissão, deputado Cláudio Cajado (BA), adiantou que pretende questionar a regra prevista no relatório de que o governo poderá dar continuidade, no início do próximo ano, a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já iniciadas mesmo sem a aprovação da LOA. O texto do governo garantia a execução de qualquer obra do PAC nesse caso, mesmo daquelas não iniciadas.

Já o líder do PSDB, deputado Domingos Sávio (MG), também deve tentar garantir a aplicação obrigatória, pelo governo federal, de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em ações de saúde. Hoje, de acordo com a Lei Complementar 141/12, que regulamentou a Emenda 29 sobre o financiamento da saúde, a União deve investir na área pelo menos o valor utilizado no ano anterior, acrescido da variação nominal do PIB no período.

Substitutivo
O relator propôs também que a Comissão Mista de Orçamento vote, na próxima terça-feira, primeiro o seu relatório e, após, os destaques ao texto. Com a estratégia, segundo Danilo Fortes, encerra-se oficialmente o prazo para a apresentação de novos destaques ao substitutivo aprovado. A medida ainda será objeto de deliberação.

Reportagem - Carolina Pompeu
Edição - Rachel Librelon

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Íntegra da proposta