TV Câmara recebe a geneticista Mayana Zatz

29/01/2014 13h04

A pesquisadora que coordena o Centro de Estudos do Genoma Humano fala sobre ética e ciência neste domingo (25), no programa Personalidade

Ela nasceu em Israel e chegou ao Brasil aos 7 anos de idade. Hoje, é uma cientista de fama internacional. Além de ser uma das maiores defensoras da pesquisa genética com células-tronco embrionárias, é pioneira no estudo de doenças neuromusculares e coordena o Centro de Estudos do Genoma Humano, pólo de investigação de problemas genéticos no país. Mayana Zatz é a estrela do programa Personalidade que estréia neste domingo (25), às 20h. No programa, ela é entrevistada pelas jornalistas Fabiana Melo, da TV Câmara, Patrícia Roedel, da Agência Câmara, e por Carlos Speck Martins, chefe de genética do Hospital Sarah Kubistchek.

Ao longo de sua carreira, Mayana Zatz já atendeu mais de 25 mil pessoas de famílias afetadas por doenças genéticas. Com sua equipe, ela identificou seis genes ligados a distrofias e pesquisou dezenas de enzimas e proteínas relacionadas ao problema. Segundo o Instituto de Informação Científica, o trabalho de Mayana Zatz foi citado 1 500 vezes em 102 publicações somente de 1977 a 1997. A cientista possui centenas de trabalhos publicados, além de artigos em revistas internacionais, como Nature Genetics e Human Molecular Genetics.

No Personalidade, ela falou da expectativa a respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias - para embasar a decisão, o STF perguntou a 34 cientistas quando começa a vida. A cientista lembrou o início da carreira e a atração pela genética. E deu sua posição a respeito das questões éticas levantadas pelas pesquisas genéticas e suas aplicações. Ela é contra, por exemplo, testes genéticos, em crianças pequenas, destinados a detectar com antecedência a chance de desenvolvimento de doenças genéticas para as quais não há cura. Mayana critica as empresas privadas de congelamento de cordão-umbilical e recomenda a criação de bancos públicos. E alerta para o risco de discriminação com bases genéticas na sociedade.

Nos países desenvolvidos, as doenças genéticas são responsáveis por um terço das internações de crianças e por cerca de 10% dos males que acometem adultos, como diabetes e câncer. Além disso, a probabilidade de um casal normal ter um filho com problemas genéticos é de 3%. No Brasil, segundo dados do IBGE, 20% das mortes de bebês de até 1 ano ocorrem por fatores relacionados aos genes. Cerca de 80 mil crianças brasileiras possuem algum tipo de distrofia e 160 mil adultos sofrem de doenças neuromusculares de origem genética.

Mayana Zatz criticou a Lei de Biossegurança – que poderia ser mais ampla. Disse que há motivações religiosas para os obstáculos às pesquisas com células-tronco e que o imaginário popular sobre a ciência cria mitos e fantasias.

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