Brasília – No próximo dia 18 de maio, a Comissão de Agricultura da Câmara, deverá realizar audiência pública com a presença do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana, para esclarecer declarações feitas por ele no evento “China-Brazil Dialogue on Sustainable Development”, realizado em Pequim.

Existe a possibilidade de a reunião ser conjunta com a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) que, nesta quarta-feira, 3, aprovou requerimento do deputado Rodrigo Valadares (UNIÃO-SE), justamente com este objetivo.

Jorge Viana terá, ainda, de explicar as razões pelas quais o estatuto da Apex-Brasil foi alterado para que ele pudesse permanecer no cargo, mesmo não sendo fluente na Língua Inglesa, como era exigido. A bancada governista sustentou que não houve ataque ao agronegócio e que a exigência do inglês, não passa de uma norma elitista.

Valadares afirmou que, “no dia 27 de março, Jorge Viana cometeu uma fala extremamente danosa às exportações brasileiras; declarações dadas por Viana acusaram de maneira vil os produtores rurais brasileiros dos setores de agricultura e pecuária de realizarem desmatamento predatório na região da Floresta Amazônica”, destacou.

Valadares disse ainda, que o presidente da Apex deveria promover o Brasil e a exportação dos seus produtos, e não o contrário. “Considerando que o Brasil é uma nação onde a exportação de commodities agrícolas representa 27% do PIB, segundo dados da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e o fato da China ser o principal comprador de produtos brasileiros no mundo, com 31,3% das vendas internacionais, as declarações do presidente da Apex são muito graves. Esperamos que ele possa se desculpar perante o setor que é o motor da nossa economia”, concluiu.

China

A CREDN aprovou, ainda, requerimento do deputado Rodrigo Valadares, para que sejam solicitadas informações ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, relacionados à montagem da comitiva do Governo brasileiro que acompanhou o presidente da República em viagem à China em 11 de abril.

“Chama atenção à quantidade de integrantes desta comitiva que não são ocupantes de cargos na Administração Pública Federal, tampouco membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Alguns exemplos de integrantes que não se enquadram são os líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT)”, destacou o deputado.

Assessoria de Imprensa - CREDN