Ministro da Defesa será convidado para esclarecer declarações de general sobre crise política
Para tanto, um acordo foi fechado entre os autores dos requerimentos – Jean Wyllys (PSOL-RJ), Ivan Valente (PSOL-SP), Jô Moraes (PCdoB-MG) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados irá agendar uma data para que o titular da Defesa preste os esclarecimentos.
De acordo com Jô Moraes, “em momento de grave impasse institucional provocado pela crise econômica, pela crise fiscal, pela crise social e pela crise política vivida pelo país, crescem os impasses democráticos que criam um clima de grande instabilidade. Nesta situação não se pode admitir que instituições que têm o dever constitucional de garantir a soberania nacional sejam instrumentos de desestabilização democrática”.
“O general Mourão, afirmou que alguns de seus companheiros no Exército entendem que uma “intervenção militar” poderá ser adotada se o Judiciário “não solucionar o problema político”. Segundo ele, seus “companheiros” avaliam que ainda não é o momento para a ação, mas ela poderá ocorrer após “aproximações sucessivas”. “Até chegar o momento em que ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso”, teria dito o militar”, lembrou Chinaglia.
Segundo Jean Wyllys, “a fala do general é gravíssima, e não pode ser minimizada. O povo brasileiro derrotou a ditadura civil-militar de 1964-85 com muita luta e sacrifício. Não queremos o retorno daquela página infeliz da nossa história. O caminho para a saída da crise brasileira está no aprofundamento da democracia, e não na usurpação pela violência das botinas militares”, ressaltou.
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