Ministro da Defesa defende recursos para os Projetos Estratégicos das Forças Armadas
Nesta quarta-feira, dia 28, ele participou de audiência pública conjunta das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA), de Seguridade Social e Família (CSSF), de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), e de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) para a apresentação das prioridades e diretrizes da política de defesa nacional.
De acordo com Jungmann, “a doutrina de defesa do Brasil não permite tropas estrangeiras no país, a não ser de países da América do Sul. Isso não existe. Não passa de fake news, o que existe é a presença de observadores norte-americanos e de outros países em ações pontuais, da mesma forma que militares brasileiros fazem no exterior”, disse.
Além disso, reiterou que não há qualquer favorecimento aos Estados Unidos em relação a operações na Base de Alcântara e que a intenção do governo é permitir a operação comercial do centro, que atualmente está com suas atividades paralisadas, por países que se dispuserem a estabelecer acordos com o Brasil. Sem exclusividade. Atualmente, o Brasil negocia a assinatura de um acordo de salvaguardas tecnológicas com os Estados Unidos que servirá de base para um futuro entendimento sobre o uso de Alcântara. Este entendimento é defendido pela Agência Especial Brasileira (AEB) como uma formalidade voltada para a proteção recíproca de tecnologia pelos dois países.
"A estratégia do governo é trabalhar com quem tiver interesse. Se os Estados Unidos quiserem vir, venham, mas em pé de igualdade com todos os outros”, disse.
Ao discorrer sobre os Projetos Estratégicos de defesa, o ministro revelou que foram disponiblizados R$ 29,5 bilhões, restando ainda R$ 94 bilhões para investimentos nesses projetos nas próximas décadas. "Um país que não tem uma Base Industrial de Defesa, não tem capacidade de reafirmar a sua soberania", completou. De acordo com o ministro, 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) destinam-se aos gastos com defesa. O complexo industrial de Defesa Nacional possui faturamento bruto de, aproximadamente, US$ 65 bilhões, gerando cerca de 60 mil empregos diretos e 240 mil indiretos.
Jungmann também falou sobre a linha de crédito, aberta recentemente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), que permite à base industrial competir internacionalmente. "Além disso, estamos revendo o regime tributário especial para o setor, políticas de off-set. Estamos fazendo uma ampla reformulação regulatória."
Jornalista responsável: Marcelo Rech
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