Mauro Vieira será convidado para explicar dívida venezuelana com o Brasil

Entre os projetos financiados está o metrô de Caracas, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
11/06/2025 15h44

Vinicius Loures CD

Mauro Vieira será convidado para explicar dívida venezuelana com o Brasil

Itamaraty

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, será convidado pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) para prestar esclarecimentos acerca da inadimplência do governo venezuelano em relação à dívida de US$ 1,74 bilhão com o Brasil. Para tanto, foi aprovado requerimento do deputado Gustavo Gayer (PL/GO).

Gayer explicou que o governo venezuelano tem ignorado sistematicamente as tentativas de renegociação dessa dívida, valor este já pago pelo contribuinte brasileiro por meio do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), após o calote dado pelo regime chavista.

“Não podemos aceitar passivamente que bilhões de reais dos cofres públicos tenham sido destinados a um regime autoritário que sequer se dispõe a negociar. O povo brasileiro, que financia esses aportes, merece respostas claras, firmes e imediatas do governo”, destacou.

Em outro requerimento aprovado pela CREDN, de autoria do deputado Marcel van Hattem (NOVO/RS). Mauro Vieira terá de esclarecer sobre a correspondência diplomática recebida do presidente da China, Xi Jinping, relativa à regulamentação das redes sociais no Brasil.

De acordo com van Hattem, “a declaração do presidente da República sobre o recebimento de uma carta de Xi Jinping, posteriormente desmentida ou relativizada pelo próprio ministro Mauro Vieira, reforça a necessidade de acesso à íntegra das comunicações diplomáticas, a fim de verificar a veracidade, os propósitos e os limites dessa interlocução internacional”, defendeu.

Terrorismo

Gustavo Gayer também cobra explicações do Itamaraty sobre a atuação da diplomacia brasileira nas negociações de um acordo internacional firmado por Brasil, Argentina e Paraguai, para excluir referências de organizações criminosas transnacionais como terroristas.

O deputado explicou que o Itamaraty teria atuado de forma ativa para suprimir, de um acordo internacional de cooperação em segurança regional, trechos que classificavam o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações de perfil terrorista.

Assessoria de Imprensa – CREDN