CREDN prestigia Ciclo de Painéis sobre a Conjuntura Global no Senado

Brasília – A presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, deputada Bruna Furlan (PSDB-SP) tem prestigiado o Ciclo de Painéis sobre a Conjuntura Global realizado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. Nesta segunda-feira, dia 24, ela participou dos debates acerca da Rússia e o seu papel na geopolítica mundial.
28/04/2017 15h15

Benjamin Sepulvida

CREDN prestigia Ciclo de Painéis sobre a Conjuntura Global no Senado

 

“Esse ciclo de debates, que toda semana reúne especialistas altamente qualificados, é fundamental para que tenhamos uma melhor compreensão acerca dos principais temas da agenda global. Trata-se de uma iniciativa absolutamente louvável do presidente Collor e nos ajuda muito em nosso trabalho na Câmara”, afirmou a deputada. 

Participaram do debate o Coronel Marco Antônio de Freitas Coutinho, ex-Adido Militar em Moscou; a professora Lenina Pomeraz, do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP); o professor Gustavo Trompowsky Heck, presidente da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG); e o jornalista Carlos Fino, que foi correspondente da Rádio e Televisão Portuguesa (RTP) na Rússia no período Brejnev, Gorbatchov e a queda da então União Soviética. 

Os palestrantes reconheceram que o Ocidente possui um histórico de tentativas de isolamento da Rússia e de impedimento de que o país exerça influência extrarregional, fora do Leste Europeu, o que tem alimentado um sentimento nacionalista forte e que poderá produzir resultados opostos aos pretendidos. 

Na avaliação geral, o líder russo Vladimir Putin tem se fortalecido internamente após eventos como a guerra com a Geórgia, em 2008, a anexação da Crimeia e o conflito com a Ucrânia, desde 2014, e a atual crise na Síria, situações que preocupam os Estados Unidos e a União Europeia. Há um entendimento de que o Ocidente continua buscando formas de conter a Rússia como na época da Guerra Fria. 

O jornalista português Carlos Fino, por exemplo, entende que mesmo após a dissolução da então União Soviética e a redução do seu papel estratégico mundial, a Rússia conseguiu manter-se forte e caminha para consolidar-se como potência, inclusive pelo seu tamanho, população, e riquezas naturais como petróleo e gás. A professora Lenina Pomeranz, da (USP), acredita que o sentimento interno preponderante é pela retomada do protagonismo internacional da Rússia, algo que é encarnado pelo próprio presidente Putin. 

Os participantes defenderam ainda uma maior aproximação das grandes lideranças ocidentais com a Rússia e o aprofundamento da cooperação internacional. 

Para Bruna Furlan, “o Brasil não pode ficar de fora desse debate uma vez que a Rússia é um parceiro estratégico, membro dos BRICS e com o qual temos relações muito próximas, inclusive na área de Defesa”, concluiu. Anteriormente, ela já havia participado dos debates sobre "O Brasil e a Ordem Internacional: Estender Pontes ou Erguer Barreiras?"; e “A Configuração da Ordem Internacional Contemporânea e a Atuação do Brasil”.

 

 

 

Jornalista responsável: Marcelo Rech

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